Em uma breve entrevista nesta segunda-feira (13), após um encontro com líderes do FBI, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que o massacre em uma boate gay em Orlando tem perfil de "terrorismo interno". Segundo o mandatário, "não há evidências" de que haja uma participação externa na ação e nem que o ato faça "parte de um plano maior".
Em outras palavras, Obama não acredita que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) tenha participado da ação, mas sim que houve uma busca pela radicalização do próprio atirador, Omar Sediqque Mateen.
"Se nós tivermos uma auto-radicalização neste país, então eles vão ficar cada vez mais difíceis de serem encontrados. A facilidade com que eles conseguirão as armas fará diferença sobre como eles conduzirão esses ataques. É um problema, independente das motivações", destacou.
"É um problema quando um jovem homem vai a uma igreja na Carolina do Sul e mata nove pessoas que se ofereceram para rezar por ele. É um problema quando um homem irritado, num campus universitário, decide atirar nas pessoas porque ele se sentiu desrespeitado. É certamente um problema quando organizações como o EI ou Al-Qaeda tentam ativar a promoção da violência", ressaltou o presidente lembrando de ataques anteriores ocorridos no país.
Destacando que as investigações estão no "estágio inicial", Obama aproveitou o momento para prestar condolências às vítimas e aos familiares delas.