Os Estados Unidos devem promover uma ação militar contra a Síria, porém o país irá antes buscar a aprovação do Congresso, afirmou em um discurso neste sábado o presidente americano, Barack Obama. Em tom belicista, o democrata citou as vítimas do suposto ataque com armas químicas que teria sido levado a cabo pelo governo sírio para justificar a decisão americana e acusou Bashar al-Assad, a quem chamou de ditador, de ser responsável pelo "pior ataque com armas químicas do século" no último dia 21, na periferia de Damasco, que segundo a Casa Branca deixou mais de 1,4 mil mortos.
Obama afirmou que vai pedir autorização do Congresso apesar de dispor de amplos poderes legais para tomar uma ação militar - atitude que defendeu no discurso de hoje. Ele já havia deixado claro que acredita que os Estados Unidos devem fazer algo para responsabilizar o governo sírio pelo ataque, porém legisladores expressaram reservas sobre o custo e o impacto dos potenciais ataques, e o presidente afirmou o apoio é importante para a democracia americana. A intervenção defendida pelo presidente americano ocorre porque o uso de armas químicas "representa um perigo à segurança nacional" e é "um assalto à dignidade humana", nas palavras de Obama.
Obama anuncia intervenção militar na Síria mas pede apoio do Congresso
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"Vou pedir autorização para o uso da força aos representantes da população americana no Congresso. Teremos debate e votação quando o Congresso retornar ao trabalho (no dia 9 de setembro, após recesso)", disse o presidente americano em um pronunciamento no Jardim da Casa Branca acompanhado do vice-presidente, Joe Biden. "Estamos preparados para atacar quando quisermos", disse o democrata.
"É a coisa certa a se fazer para nossa democracia", disse Obama. "Sei bem que estamos cansados de guerra. Acabamos de pôr fim a uma guerra no Iraque, outra no Afeganistão. Não espero que cada nação vá nos apoiar. Mas somos os Estados Unidos da América. Não podemos, e não devemos, fechar os olhos para o que aconteceu em Damasco. É hora de mostrar ao mundo que a América se mantém fiel a seus compromissos."
O discurso de menos de 10 minutos foi realizado um dia depois de a Casa Branca divulgar uma avaliação de inteligência em que afirmava ter "muita confiança" de que o governo sírio foi responsável pelo ataque em 21 de agosto com armas químicas em uma dúzia de bairros nos arredores de Damasco que mataram pelo menos 1.429 civis, sendo um terço deles crianças.
Funcionários de alto escalão da Casa Branca disseram acreditar que o Congresso norte-americano vai votar a favor da intervenção militar dos Estados Unidos na Síria por causa da ameaça que armas químicas representam para Israel e outros aliados na região.
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Pedido formal
Horas depois do anúncio, a Casa Branca enviou ao Congresso o projeto de resolução para autorizar o uso da força contra a Síria. O texto, elaborado por funcionários da Casa Branca, não estabelece um prazo para a ação militar.
O documento, dirigido aos presidentes da Câmara dos Representantes e do Senado, estabelece que o "objetivo" do uso da força militar dos EUA contra a Síria é evitar o uso no futuro de "armas de destruição em massa" nesse país.
Além disso, solicita uma autorização para que Obama use a força da forma que considerar "necessária" e "apropriada", em relação ao uso de armas químicas e outros tipos de armamentos de destruição em massa no conflito sírio.
Com informações de agências internacionais.
Ativistas e oposição denunciam ataque com armas químicas na Síria
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Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
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Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
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Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
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Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
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Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
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Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
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Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
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Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
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Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
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Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
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Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
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Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
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Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
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Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
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Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen
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Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen
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Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City
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"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE
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Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK
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Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN
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Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
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Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
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Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
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Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
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Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam