O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira querer trabalhar com o Congresso em novas leis para proteger mais a privacidade dos americanos e as informações que eles deixam no rastro de operações com celulares, computadores e outros equipamentos.
Como exemplo da ameaça representada por hackers, enquanto Obama falava, o perfil no Twitter do Comando Central dos EUA, setor que comanda as ações militares no Oriente Médio, foi hackeado por alguém que se mostrou associado aos militantes do Estado Islâmico.
A Casa Branca disse que a ação hacker estava sendo investigada, mas assinalou que a invasão de uma conta de rede social traz menos riscos do que grandes violações de dados.
Obama disse que há um risco inerente nos negócios on-line. “Grandes empresas são hackeadas. A informação pessoal, incluindo informações financeiras, é roubada. E o problema está crescendo e nos custando bilhões de dólares.”
O presidente propôs um novo padrão nacional em que as empresas teriam 30 dias para avisar os consumidores sobre a descoberta de uma violação de dados que comprometesse informações pessoais.
Ele também pediu ao Congresso para transformar em lei um projeto sobre os direitos de privacidade do consumidor, proposta que a Casa Branca elaborou em 2012 para dar aos consumidores maior poder na definição de como as empresas colhem e vendem dados que as pessoas deixam nas suas operações online.
Obama também disse que deseja impedir empresas de softwares educacionais de vender dados que elas coletam de estudantes vias programas e aplicativos.
As propostas de Obama são um ensaio para o discurso sobre o Estado da União, marcado para 20 de janeiro, no qual ele vai procurar destacar áreas de possível acordo com os republicanos, que controlam o Congresso.