Obama quer mais US$ 2 bi para enfrentar o fluxo de crianças

29 jun 2014 - 13h18

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prevê pedir ao Congresso novos fundos, no valor de US$ 2 bilhões segundo a imprensa local, para enfrentar o fluxo de crianças centro-americanas que chegam sozinhas à fronteira, enquanto procura dar mais autoridade a sua Administração para acelerar a deportação delas.

Segundo disse hoje à Agência Efe um funcionário da Casa Branca, que informou que o valor está para ser confirmado, o líder enviará amanhã uma carta informando ao Congresso sobre sua decisão de pedir "novos recursos e mais flexibilidade" para lidar com a chegada das crianças imigrantes e espera-se que solicite formalmente os fundos a partir de 7 de julho.

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Além da solicitação monetária, voltada aos esforços humanitários e de segurança derivados da chegada em massa de crianças, Obama pedirá ao Congresso que revise as normas atuais para dar mais autoridade ao secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson, para acelerar a deportação das crianças centro-americanas.

"Queremos trabalhar com o Congresso para (...) proporcionar ao secretário de Segurança Nacional mais autoridade para tomar decisões na hora de processar o retorno e deportação dos menores desacompanhados de países não vizinhos (aos Estados Unidos) como Guatemala, Honduras e El Salvador", disse o funcionário, que pediu para manter o anonimato.

Além disso, a Administração quer pedir ao Congresso mais flexibilidade para "aumentar as penas contra aqueles que traficam com migrantes vulneráveis, como as crianças", indicou.

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A lei americana proíbe o Departamento de Segurança Nacional deportar as crianças imigrantes imediatamente após sua chegada ao país no caso de seu país de origem não fazer fronteira com ele, por isso não pode fazê-lo com as crianças que vêm da Guatemala, Honduras ou El Salvador.

O governo de Obama busca a autorização do Congresso para tornar esse processo mais similar ao das crianças que chegam desde México, que podem ser deportados mais facilmente.

As crianças centro-americanas interceptados ao chegar ao país são realocados em instituições federais ou com parentes dentro do país à espera que seu caso avanço através do sistema de justiça migratória americano, um processo lento mas que conduz à deportação na maioria dos casos.

Quando o Congresso volte de seu recesso atual, a partir de 7 de julho, o governo solicitará os US$ 2 bilhões a mais, valor que os jornais "Washington Post" e "The New York Times" anteciparam e que o funcionário consultado pela Efe insistiu que ainda não é definitivo, porque a Casa Branca ainda está concluindo seu plano.

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O funcionário disse que o governo quer que esses novos fundos financiem uma "legislação de despesa extra de emergência" para contar com os "recursos necessários para deter, processar e cuidar adequadamente das crianças" detidas na fronteira, que somam aproximadamente 52 mil nos últimos 9 meses.

A legislação incluiria, além disso, "uma estratégia agressiva de dissuasão centrada na deportação e na repatriação de imigrantes que cruzaram a fronteira recentemente", um aumento "sustentado" na segurança na fronteira e um aumento "significativo" dos juízes de imigração, que se dedicariam com prioridade à crise.

Por último, os fundos permitiriam aumentar a cooperação com os países da América Central para repatriar os imigrantes, "enfrentar as causas que estão na raiz da migração e comunicar as realidades dessas viagens perigosas" aos cidadãos centro-americanos, especificou o funcionário.

  
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