O jornalista Seymour Hersh, vencedor de um prêmio Pulitzer, acusou o presidente norte-americano, Barack Obama, de ter mentido sobre a morte de Osama bin Laden, ex-líder da Al-Qaeda. Segundo Hersh, o Paquistão teria participado da operação fazendo o líder terrorista de refém desde 2006, o que, portanto, a tornaria menos "americana" quanto foi divulgado.
No artigo publicado na London Review of Book, o jornalista afirmou que a operação que matou bin Laden em 2011 não foi "totalmente norte-americana", como a Casa Branca sempre sustentou. Hersh defendeu que o sucesso do plano só foi possível com a colaboração da inteligência paquistanesa. Segundo o repórter, os serviços secretos do Paquistão encontraram o terrorista em 2006, fazendo-o de refém e usando-o para que talibãs e outros extremistas parassem suas atividades no Paquistão e no Afeganistão.
Além disso, o jornalista citou uma fonte da inteligência americana, segundo a qual bin Laden não estava se escondendo em uma casa em Abbottabad, mas sim, estava sendo mantido prisioneiro pelas autoridades paquistanesas. Os EUA teriam ficado sabendo da informação através de uma fonte que cobrou US$ 25 milhões.
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Até o momento, a Casa Branca não comentou o artigo do jornalista, que venceu o Pulitzer nos anos 1970 com uma reportagem sobre o massacre de My Lai durante a Guerra do Vietnã. Ele também já escreveu sobre o Iraque, Irã e Síria.
Hersh, porém, é criticado por sempre usar fontes anônimas em seus artigos. De acordo com a versão oficial, a inteligência norte-americana descobriu que bin Laden se escondia em uma casa em Abbottabad, no Paquistão, após uma série de investigações da CIA. Uma equipe de Navy SEAL invadiu o local em 2 de maio de 2011 e matou o líder da Al-Qaeda.