Orca do SeaWorld puxou treinadora pelos cabelos, diz polícia

29 abr 2010 - 11h26
(atualizado às 12h04)

A treinadora de um parque aquático na Flórida que foi morta em fevereiro por uma baleia orca com a qual se apresentava, tinha sido agarrada pelos cabelos e arrastada para o fundo da piscina, segundo um relatório da polícia.

A treinadora Dawn Brancheau, morta em fevereiro, se apresenta com a baleia Tilikun, em 2005
A treinadora Dawn Brancheau, morta em fevereiro, se apresenta com a baleia Tilikun, em 2005
Foto: AP

A treinadora Dawn Brancheau estava em uma parte rasa de uma piscina no SeaWorld, em Orlando, frente a frente com a baleia Tilikum, quando o incidente ocorreu. O cabelo da treinadora teria flutuado na direção da boca da baleia, segundo o relatório da polícia.

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Brancheau, 40 anos, tinha 16 anos de experiência como treinadora e foi atacada em frente ao público do SeaWorld em 24 de fevereiro.

O relatório da autópsia afirma que ela morreu devido a afogamento e outros ferimentos.

O documento traz relatos de funcionários do parque como Lynn Shaber, que disse que a baleia Tilikum era um "animal possessivo".

"Ele normalmente fica com as coisas que tem e não as solta", teria afirmado a funcionária, segundo o relatório.

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Resgate

Outro treinador do SeaWorld, Jan Topoleski, disparou o alarme quando viu que o cabelo de Brancheau estava preso na boca da baleia. Mas, na hora em que ele olhou novamente para a piscina, a treinadora estava embaixo d''água.

Brancheau conseguiu se libertar e chegar à superfície, mas foi atingida pelo menos mais duas vezes por Tilikum, de acordo com o relatório da polícia.

Os funcionários do SeaWorld usaram redes para tentar capturar a baleia, mas foram necessários 30 minutos para que eles conseguissem controlar Tilikum e recuperar o corpo de Brancheau.

Eles usaram redes e jogaram comida para o animal, tentando distraí-lo, mas um funcionário relatou à polícia que estas tentativas apenas deixaram o animal mais agitado.

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Levando a baleia de uma piscina a outra, usando canais de acesso entre elas, os funcionários conseguiram capturar Tilikum e soltar o corpo de Brancheau. A baleia Tilikum também esteve envolvida na morte de outra treinadora, no Canadá, em 1991.

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