Otan: ação russa é a ameaça 'mais grave' desde a Guerra Fria

Segundo o secretário geral da organização, a reintegração da Crimeia à Rússia põe em risco a estabilidades e a segurança da Europa; EUA pediram diálogo

19 mar 2014 - 16h01
(atualizado às 16h04)
<p> Anders Fogh Rasmussen voltou a condenar, nesta quarta-feira, a ação russa de anexar a Crimeia </p>
Anders Fogh Rasmussen voltou a condenar, nesta quarta-feira, a ação russa de anexar a Crimeia
Foto: Reuters

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, considerou nesta quarta-feira que a incorporação da Crimeia por parte da Rússia constitui a ameaça "mais grave" para a estabilidade da Europa desde a Guerra Fria.

"Vivemos outras crises na Europa nos últimos anos: os Bálcãs nos anos 90, a Geórgia em 2008. Mas esta é a ameaça mais grave à segurança e à estabilidade da Europa desde o fim da Guerra Fria", ressaltou Anders Fogh Rasmussen no documento de um discurso que deve pronunciar nesta quarta em Washington.

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Uma proposta de diálogo

Os Estados Unidos pediram nesta quarta-feira que a Rússia inicie um diálogo com a Ucrânia sobre as bases militares na Crimeia e responsabilizou Moscou por qualquer incidente provocado por suas tropas ou aliados.

"O esforço contínuo das forças russas para tomar instalações militares ucranianas está provocando uma situação perigosa", ressaltou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

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"Condenamos essas ações. A Rússia deve iniciar imediatamente negociações com o governo ucraniano para garantir a segurança das forças ucranianas na região da Crimeia", acrescentou.

Forças pró-russas ocuparam nesta quarta-feira a sede da Marinha ucraniana na cidade de Sebastopol e uma base naval no oeste da Crimeia, consolidando o controle da Rússia sobre a península, apesar das ameaças de novas sanções ocidentais.

Cerca de 50 militares ucranianos abandonaram a base, sob supervisão de grupos armados pró-Rússia, enquanto partidários da anexação da Crimeia hastearam a bandeira russa.

Presença da Rússia na Crimeia ameaça guerra com Ucrânia

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