Alexander “Sasha” Shulgin, o “padrinho do ecstasy”, morreu nesta terça-feira de câncer no fígado, segundo o The Verge. O americano recebeu o apelido por ter desenvolvido um método inovador de sintetizar a metilenodioximetanfetamina (MDMA – ou ecstasy) e apresentou a droga aos psicólogos na década de 1970.
O trabalho de Shulgin causou controvérsia na comunidade científica, sendo que críticos veem seus métodos psicodélicos como problemáticos. Em décadas de pesquisa, o padrinho do ecstasy pode ter criado mais de 200 componentes. Ele os estudava e descobria os resultados para o ser humano, usando seu próprio corpo como cobaia. O cientista também pedia para sua mulher, Ann, e um grupo de amigos ajudarem-no nas pesquisas.
Shulgin foi capaz de evitar uma repressão da Agência de Coação às Drogas porque a maioria das drogas que ele estudou não existia anteriormente, fora do seu laboratório, e, portanto, não eram ilegais. Porém, na década de 90, o laboratório de Shulgin foi invadido, o que o levou a entregar sua licença para investigação policial.
Estudos recentes começam a apontar um possível benefício do MDMA em pacientes após algum trauma, o que permitiria um tratamento eficaz para o transtorno de estresse pós-traumático.