Pentágono: vazamentos por Snowden têm impactos 'graves'

Parte de um relatório que descreve danos causados por vazamento de informações da inteligência americana leva a concluir danos graves

22 mai 2014 - 12h46
(atualizado às 12h56)
<p>Maior parte de documentos tomados por Snowden diz respeito às operações vitais do Exército, Marinha, Corpo de Fuzileiros Navais e da Força Aérea dos EUA</p>
Maior parte de documentos tomados por Snowden diz respeito às operações vitais do Exército, Marinha, Corpo de Fuzileiros Navais e da Força Aérea dos EUA
Foto: Reuters

Parte de um relatório ultrassecreto do Pentágono foi divulgada nesta sexta-feira sobre as consequências dos vazamentos de informações sigilosas feitas pelo ex-contratado da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana, Edward Snowden. As doze páginas do documento mostram que o alcance dos danos para a inteligência dos EUA é “impressionante”. As informações são do The Guardian.

O The Guardian obteve uma cópia do relatório, que foi solicitado pelo Ato de Liberdade de Informação (FOIA, da sigla em inglês), no começo deste ano. O documento terá, no total, 39 páginas e é intitulado como “DoD Information Review Task Force-2: Initial Assessment, Impacts Resulting From the Compromise of Classified Material by a former NSA Contractor” (Relatório de Informação do Departamento de Defesa - Força Tarefa 2 - Avaliação inicial, Impactos Resultantes do material liberado pelo ex-NSA, em tradução livre).

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Porém, enquanto a Agência de Espionagem de Defesa americana (DIA, em inglês - a principal organização militar de espionagem nos EUA) descreve os danos do vazamento para o serviço de inteligência do país como “graves”, o governo ainda recusa em relatar detalhes específicos, nos quais se baseariam a conclusão. A avaliação de impacto encontrada no relatório foi redigida protegendo informações confidenciais sob ordem presidencial.

Um advogado do Departamento de Justiça disse que a DIA continuaria a elaborar outros documentos internos que se referem ao relatório para um possível lançamento ainda este ano.

Steven Aftergood, diretor do projeto sobre Sigilo Governamental da Federação de Cientistas Americanos, questionou a decisão do governo de reter detalhes específicos. “A essência do relatório está contida na afirmação de que ‘o alcance relacionado ao conhecimento relatado compromete as capacidades de inteligência dos EUA de maneira impressionante'. Porém, toda a elaboração feita para chegar a esta declaração foi retida”, disse ele.

O relatório foi distribuído a diversos comandos militares dos EUA ao redor do mundo, em todos os quatro ramos militares. O documento (IRTF-2s) foi citado pela primeira vez em 9 de janeiro deste ano, quando também foi dito que a maior parte de documentos tomados por Snowden "diz respeito às operações vitais do Exército, Marinha, Corpo de Fuzileiros Navais e da Força Aérea dos EUA".

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Fonte: Terra
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