Como assim? Playboy não terá mais fotos de mulheres nuas

A mudança ocorrerá na versão americana da revista, que seguirá mostrando imagens de mulheres apenas "em poses provocativas"

13 out 2015 - 08h11
(atualizado às 17h11)
Foto: Divulgação

A Playboy americana deixará de publicar imagens de mulheres totalmente nuas como parte de uma reformulação editorial. O anúncio foi feito no jornal The New York Times por Scott Flanders, conselheiro executivo da revista, que justifica a mudança de rumo da publicação na realidade imposta pela internet onde, segundo disse, com "apenas um clique já há acesso livre a qualquer imagem sobre sexo".

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Segundo o jornal nova-iorquino, em setembro, Cory Jones, um dos editores da publicação, visitou seu fundador, o octogenário Hugh Hefner, na Mansão Playboy, onde vive e de onde ainda dirige a publicação. "Jones, muito nervoso, sugeriu a Hefner algo radical: a revista, líder na revolução que ajudou a fazer o sexo visível nos Estados Unidos, deveria deixar de publicar imagens de mulheres nuas", relata o jornal. E Hefner, de 89 anos e que fundou a revista em 1953, "esteve de acordo".

Desta maneira, a Playboy sofrerá profundas mudanças a partir de março e, embora seguirá mostrando imagens de mulheres "em poses provocativas", não voltará a editar um "nu integral", assegura o jornal nova-iorquino.

Os diretores da revista reconhecem que foram superados pelas circunstâncias de um mercado onde as imagens de caráter sexual são muito acessíveis pela internet.

"Para uma geração de homens norte-americanos, ler Playboy era um rito cultural, uma emoção ilícita consumida quase às escuras. Agora, todos os adolescentes dispõem de uma conexão rápida (...). As revistas pornográficas, inclusive as que incluem outros conteúdos como a Playboy, perderam seu valor de impacto, comercial e sua relevância cultural", assegurou o diretor.

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A tiragem da revista, cifrada em 5,6 milhões de exemplares em 1975, caiu até os 800 mil na atualidade, segundo dados da Alliance for Audited Media americana citados pelo jornal nova-iorquino.

E os esforços por relançar a publicação nos últimos três anos não tiveram os resultados esperados, o que motivou a revista, que possui um dos logos mais reconhecíveis do mundo, a mudar de estratégia.

  
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