Um preso foi executado nesta quarta-feira no Estado do Missouri, na região central dos Estados Unidos, pelo estupro e assassinato de uma estudante universitária em 1995, sendo o primeiro detendo americano a receber a pena capital desde que uma injeção letal usada no Arizona, no mês passado, apresentou problemas e o condenado levou quase duas horas para morrer.
Michael Worthington foi executado via injeção letal e foi declarado morto à 0h11 desta quarta-feira, de acordo com o Departamento de Correções do Missouri - foi o sétimo condenado a receber a pena de morte no Estado em 2014.
Worthington, 43 anos, foi condenado à morte pelo estupro e assassinato de Melinda Griffin, 24 anos, durante um assalto ao condomínio da jovem. A Suprema Corte e o governador Jay Nixon negaram o perdão e a suspensão de sua execução nessa terça-feira. Em entrevista por telefone à agência AP, ele já esperava pela continuidade do processo e aceitava seu destino.
“Eu acho que vou acordar em um lugar melhor amanhã”, disse o prisioneiro. “Eu apenas estou aceitando qualquer coisa que vai acontecer, porque eu não tenho escolha. As cortes não parecem mais se importar com o que é certo ou errado”, acrescentou.
Testemunhas disseram que Wood, 55 anos, continuou respirando agonizante centenas de vezes, quando a execução deveria ter sido terminada em dez minutos. O caso reavivou o debate nos Estados Unidos sobre a pena de morte, punição restabelecida pela Suprema Corte em 1976 e ainda aplicada em 32 Estados. Uma das limitações da pena de morte é a Oitava Emenda da Constituição que proíbe "punições cruéis e inusitadas".
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Os advogados de Worthington pressionaram, sem sucesso, a Suprema Corte para adiar a aplicação da pena, citando a malsucedida execução no Arizona e outras duas que tiveram problema em Ohio e Oklahoma, além do sigilo envolvendo as substâncias utilizadas para preparar a injeção no Missouri.
Prisão perpétua seria o mais "apropriado"
Michael Worthington foi condenado em 1998, quando tinha 27 anos, depois de se declarar culpado pela morte de Griffin, em setembro de 1995. Ele disse que entrou pela janela no dormitório da universidade da jovem, perto da cidade de St. Louis. O prisioneiro admitiu que sufocou a estudante até sua submissão e então a estuprou, antes de mata-la por estrangulamento ao recobrar a consciência. Testes de DNA posteriormente ligaram o criminoso ao episódio.
À agência AP, Worthington afirmou que não podia lembrar-se de detalhes do crime, e que ele estava propenso a desmaios devido ao uso de álcool e cocaína na época. Para ele, prisão perpétua seria o mais apropriado.
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Lawrence Russell Brewer, acusado de assassinato em primeiro grau pela morte de James Byrd Jr. A vítima foi amarrada a uma caminhonete e arrastada até a morte por uma estrada na área rural do Texas. Para sua última refeição, ele pediu: 2 bifes de frango frito com molho e cebolas em rodelas, 1 cheeseburguer triplo com bacon, 1 omelete de queijo com carne moída, tomate, cebola, pimentão, e jalapenos, 1 tigela de quiabo frito com ketchup, 1 quilo de carne de churrasco com meia fatia de pão branco, 1 pizza, 1 litro de sorvete Blue Bell, pasta de amendoim e cerveja. Não comeu nada do que pediu
Foto: AP
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Gary Heidnik sequestrou, torturou e estuprou seis mulheres e as manteve prisioneiras em um porão na Filadélfia. Sua última refeição foi: 2 pedaços de pizza de queijo e 2 xícaras de café
Foto: AP
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John Wayne Gacy, "o palhaço assassino", matou pelo menos 29 garotos. Ele pediu um balde frango a passarinho, morangos, batata frita e camarão empanado
Foto: AP
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Karla Faye Tucker, acusada de ter matado um homem com uma picareta, em Hostoun, solicitou uma salada verde com molho ranch (combinação de soro de leite, sal, alho, cebola, ervas e especiarias), uma banana e um pessêgo
Foto: AP
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Aileen Wuornos, uma das mais conhecidas assassinas em série dos Estados Unidos, recusou uma última refeição, mas bebeu uma xícara de café de morrer
Foto: AP
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Mark Dean Schwab estuprou e matou uma menina de 11 anos. Sua última refeição foi composta de bacon, salsicha, ovos fritos, batatas fritas, torradas com manteiga e leite com chocolate
Foto: AP
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Philip Workman matou um policial após um roubo a um restaurante de Memphis, no Tennessee. Antes de morrer ele pediu uma pizza de vegetais que foi doada a um sem- teto
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Ruth Snyder matou o marido na dácada de 1920. Frango parmesão com massa Alfredo, sorvete, 2 milkshakes e um engradado de refrigerante de uva foram sua última refeição antes de ser eletrocutada
Foto: AP
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Ted Bundy, um dos maiores assassinos em série dos Estados Unidos, recebeu uma refeição tradicional: carne e ovos, mas não comeu
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Teresa Lewis, que encomendou o assassinato do marido e do enteado, comeu 2 peitos de frango fritos, bolo de chocolate alemão, ervilhas e refrigerante Dr. Pepper antes de ser executada
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Timothy McVeigh, autor do atentado de Oklahoma City em 1995, comeu 2 litros de feijão e sorvete de chocolate com menta da Ben & Jerry's antes de morrer
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A assassina em série Velma Barfield fez seis vítimas e antes de morrer pediu 1 saco de salgadinhos de queijo e uma lata de Coca-Cola
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William Bonin, que torturou, estuprou e matou ao menos 21 garotos no início da década de 1980, comeu uma pizza de pepperoni e salsicha, 3 porções de sorvete de chocolate e 15 latas de Coca-Cola antes da execução