Quenianos oferecem vacas por mão de filha de Obama

Muitos já declararam sua paixão à filha do presidente que completa 17 anos em breve

15 jun 2015 - 10h59
(atualizado em 16/6/2015 às 08h44)
Barack Obama no jantar de 2015 da Associação de Correspondentes, na Casa Branca
Barack Obama no jantar de 2015 da Associação de Correspondentes, na Casa Branca
Foto: Joshua Roberts / Reuters

A visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no próximo mês de julho ao Quênia despertou uma enorme expectativa não apenas entre os políticos e empresários do país africano, que querem atrair investimentos americanos, mas no coração dos apaixonados por sua filha mais velha, Malia.

As declarações de amor para a primogênita dos Obama, que completará 17 anos pouco antes da visita de seu pai à terra de seus antepassados, pipocaram na imprensa local acrescidas de um fato inusitado mundialmente, mas recorrente no país: um grande dote de vacas.

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O primeiro a oferecer um rebanho pela mão da filha do presidente americano foi Felix Kiprono, um jovem advogado que espera que, em sua primeira viagem oficial ao Quênia, Obama venha acompanhado de Malia, por quem - garantiu - estar apaixonado há sete anos.

"Meu amor é real, não sou um caçador de recompensas", declarou Kiprono em uma entrevista ao jornal queniano "The Nairobian".

Para comprovar sua paixão, o advogado ofereceu 50 vacas, 70 ovelhas e 30 cabras a Obama, um dote com o qual pretende "comprar" a mão da jovem.

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"Estou interessado nela desde 2008", quando a adolescente ainda era uma menina de 10 anos, e seu pai, um promissor candidato à Casa Branca.

"De fato, não tive nenhum encontro desde então e prometo ser fiel", garante o jovem de 24 anos, que estudou na Universidade de Oxford.

Assim, a filha mais velha do casal Obama poderia aproveitar a visita não só para conhecer sua bisavó paterna, uma senhora de 90 anos que vive em Kogelo, no oeste do país, mas também para se casar seguindo os costumes dos kalenjin, a tribo de Kiprono.

Os planos nupciais do ousado pretendente incluem uma cerimônia rural em uma colina de sua aldeia natal, Kenyogoro, onde, ao invés de champanhe, seria servido um tipo de leite fermentado chamado "mursik".

Seria o começo de uma "vida simples" para o casal: "Ensinarei Malia a ordenhar as vacas, a cozinhar ugali (um tipo de mingau de milho) e a preparar mursik, como fazem todas as mulheres kalenjin", comentou.

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Curiosamente, este advogado é um dos que apresentaram ao Tribunal Penal Internacional (TPI) um pedido de suspensão da causa contra o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, por crimes contra a humanidade.

Pouco depois do anúncio de Kiprono, outro pretendente apareceu: um guerreiro da tribo masai e músico de gospel, com uma nova oferta: 500 vacas.

Quenianos oferecem vacas por mão de filha de Obama
Foto: Wikipédia

O dote de Kiprono, dez vezes inferior ao de Jeff Ole Kishau, é para ele um sinal de "mal agouro e rompimento".

"Meu amigo Kiprono está desrespeitando a filha do presidente dos Estados Unidos. Como alguém pode oferecer apenas 50 vacas pela filha do homem mais poderoso do mundo?", disse o músico ao jornal "Daily Nation".

A oferta deste jovem, que também tem 24 anos, supera largamente as recomendadas pelo aplicativo de celular "Mahari Calculator", muito popular no país africano. Essa ferramenta cruza parâmetros educativos, familiares e físicos - e avalia a virgindade acima de tudo - para sugerir o número de vacas do dote.

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Segundo esse aplicativo, a primogênita dos Obama não "valeria" mais que oito vacas.

Kishau, no entanto, está disposto a aumentar seu dote e se atreveu a desafiar uma das normas nupciais dos masai: cortejar Malia sem a aprovação do conselho de anciãos.

De fato, após suas fracassadas tentativas de fazer contato com a jovem pelas redes sociais, o guerreiro pediu aos líderes de sua aldeia para que intercedam diretamente com o presidente Obama.

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As propostas matrimoniais parecem um tanto quanto ilusórias, mas, pelo menos para Kiprono, a história teve um desfecho positivo: uma nova pretendente.

Ann Kioko, uma jovem queniana, soube de sua existência pela imprensa e agora "fuxica" suas fotos no Facebook, enquanto almeja uma vida ao lado dele.

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"Fiquei apaixonada por uma foto em que ele está muito bonito, como se estivesse usando batom. Juntos, poderíamos construir nossa própria Casa Branca", confessou a jovem para um jornal local.

  
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