Um grande júri acusou formalmente nesta quinta-feira seis policias de Baltimore (nordeste dos Estados Unidos) pela morte de Freddie Gray, um homem negro agredido ao ser detido pela polícia, anunciou a procuradora do Estado.
Os seis tinham sido denunciados em 1º de maio e agora enfrentam acusações vinculadas à detenção e morte de Gray, de 25 anos, que faleceu devido a sérios ferimentos na coluna vertebral, sofridos ao ser colocado na parte traseira de uma caminhonete da polícia, em abril.
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Um policial enfrenta a acusação de homicídio culposo e poderá pegar uma pena de até 30 anos de prisão. Seus companheiros de farda correm o risco de uma pena máxima de 10 anos.
A procuradora do estado, Marilyn Mosby, disse a jornalistas que o grande júri considerou haver indícios consistentes para acusar os policiais - três brancos e três negros -, acrescentando que sua apresentação perante a corte é aguardada para julho.
"Agora que o grande júri também encontrou juízo de probabilidade para acusar os mencionados policiais com base nas evidências, estes policiais que se presumem inocentes até que se prove a sua culpa, estão chamados a juízo em 2 de julho", disse Mosby.
A morte de Gray ocorreu em 19 de abril, após sua detenção, uma semana antes, pela polícia desta cidade portuária de 620.000 habitantes. O fato gerou protestos e distúrbios que deixaram centenas de estabelecimentos comerciais saqueados, dezenas de policiais feridos e centenas de manifestantes detidos.
O incidente em Baltimore é o último de uma série de casos envolvendo mortes de negros desarmados nas mãos da polícia, como ocorreu em Ferguson (Missouri, centro) e em Nova York (leste), seguidos também de protestos de rua.