O ex-técnico americano da CIA Edward Snowden, requerido pela justiça de seu país, renunciou ao pedido de asilo político na Rússia, anunciou nesta terça-feira Dmitri Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin.
"(Snowden) renunciou sua intenção e o seu pedido de ter a possibilidade de ficar na Rússia", declarou Peskov à imprensa, citado pela agência Interfax, sem dar detalhes sobre as razões da mudança de opinião do ex-técnico da CIA.
O porta-voz de Putin reconheceu que Snowden, acusado nos Estados Unidos de três crimes relacionados com a espionagem, "efetivamente tinha feito um pedido para ficar na Rússia".
Peskov reduziu para 15 o número de países dos quais Snowden solicitou asilo, enquanto, pouco antes, o site oficial do Wikileaks informava que um total de 21 países, inclusive Rússia, Brasil e Equador, teriam recebido pedidos do ex-técnico.
"(Snowden) enviou pedidos para 15 países de todo o mundo, pedidos de asilo político", afirmou Peskov. O porta-voz de Putin ressaltou que é "impossível" que a Rússia entregue o ex-técnico da CIA "a um país que aplica a pena de morte".
"A extradição e entrega de Snowden a um país como os Estados Unidos, onde se aplica a pena de morte, é impossível", disse Peskov, que, assim como Putin, qualificou o foragido de "defensor dos direitos humanos e da democracia".
O porta-voz acrescentou que "a Rússia nunca entregou, não entrega, nem entregará ninguém". Peskov assegurou que Snowden não cruzou a fronteira da Rússia e permanece na área de trânsito do aeroporto de Moscou.