O ex-técnico da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), Edward Snowden, solicitou a renovação de seu asilo temporário na Rússia, país ao qual chegou no dia 23 de junho de 2013 em um voo procedente de Hong Kong, anunciou nesta quinta-feira seu assessor legal, Anatoli Kucherena.
O asilo de Snowden, que é considerado foragido pelos EUA por ter revelado detalhes sobre o esquema de espionagem do serviço secreto norte-americano, termina amanhã, dia 1º de agosto.
"Tenho grande esperança de que este assunto seja solucionado hoje ou amanhã. Se não for resolvido, esclareceremos a situação", acrescentou o advogado.
Segundo Kucherena, a última palavra é do Serviço Federal de Imigração (FMS, na sigla em russo), cujo porta-voz se negou hoje a comentar este caso, alegando que é uma informação confidencial.
Embora nos últimos meses a imprensa tenha sugerido a possibilidade de que Snowden deixe a Rússia com destino a outro país, como o Brasil, Kucherena já tinha antecipado sua intenção de prolongar por um ano a estadia de seu cliente na Federação Russa.
O advogado ressaltou que a segurança de Snowden continua sendo um problema atual, motivo pelo qual o ex-analista da CIA não pode fazer aparições públicas.
Segundo a legislação russa, o asilo temporário, que se concede por um ano, pode ser prorrogado um número ilimitado de vezes se não forem modificadas as circunstâncias que motivaram sua outorga.
O ex-agente da NSA chegou ao aeroporto de Moscou de Sheremetievo no dia 23 de junho de 2013 com a intenção de ir para algum país latino-americano, mas se viu obrigado a permanecer na zona de embarque internacional - verdadeira "terra de ninguém" -, de onde pediu asilo a 21 países.
Quatro países latino-americanos ofereceram asilo - Equador, Bolívia, Nicarágua e Venezuela -, mas diante da impossibilidade de viajar foi finalmente a Rússia que lhe concedeu asilo em 1º de agosto.
Snowden, que é acusado pelos EUA de espionagem e traição, encontrou trabalho na Rússia no setor da tecnologia da informação, embora por motivos de segurança seu paradeiro seja mantido em segredo.