A Suprema Corte dos Estados Unidos suspendeu nesta quarta-feira a possibilidade de se realizar casamentos gays na Virgínia (leste), uma decisão imediatamente criticada por uma organização de defesa dos homossexuais.
Em uma decisão de nove linhas, a mais alta instância judicial dos Estados Unidos informa que suspendeu a decisão tomada em 28 de julho por uma Corte de Apelações federal, que dava sinal verde para o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo nesse estado.
Nessa sentença de julho, o Tribunal Federal de Apelações do Quarto Circuito, situado na capital, Richmond, decidiu que a proibição sobre a Virgínia violava as garantias constitucionais de equidade perante a lei.
Com essa decisão de inconstitucionalidade, os casamentos gays estariam autorizados a partir desta quinta-feira, na Virgínia. Agora, o bloqueio da Suprema Corte "põe fim à esperança de que a igualdade perante o matrimônio comece a valer na Virgínia", lamentou a associação de defesa dos direitos dos gays GLAAD, nesta quarta-feira.
A Virgínia proibiu o casamento homossexual em 2006, quando uma emenda à Constituição estadual, aprovada por 57% dos eleitores em um referendo, passou a especificar que os casamentos devem ser realizados exclusivamente entre um homem e uma mulher. Essa decisão foi invalidada em junho de 2013 pela Suprema Corte.
Os casamentos homossexuais estão legalizados em 19 dos 50 estados americanos, e na capital, Washington, D.C. Estão proibidos principalmente no sul do país, mais conservador.
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