Tiroteio na Califórnia: vídeo teria avisado sobre mortes

Agressor dirigia um carro preto e atirou contra pedestres em vários pontos da cidade, antes ser encontrado morto; dias antes, ele publicou um vídeo avisando sobre o ataque no Youtube

24 mai 2014 - 14h36
(atualizado às 15h39)
<p>Veículo do atirador é visto depois do tiroteiro que deixou seis mortos em uma cidade universitária, do sul da Califórnia</p>
Veículo do atirador é visto depois do tiroteiro que deixou seis mortos em uma cidade universitária, do sul da Califórnia
Foto: Reuters

Um jovem de 22, que matou seis pessoas e feriu outras sete na noite desta sexta-feira no sul da Califórnia, EUA, publicou um vídeo ameaçador no Youtube antes do ataque. Durante o tiroteio, o jovem trocou tiros com a polícia e bateu o carro. Quando os policiais o encontraram, ele estava com um tiro na cabeça. Elliot Rodger, o autor dos tiros, é filho de Peter Rodger, o diretor assistente dos filmes da série "Jogos Vorazes".

A polícia não sabe se o tiro que matou o filho do diretor foi disparado pelos policiais ou pelo próprio atirador. Dias antes, o crime teria sido avisado por um vídeo, em que Rodger dizia que se sentia sozinho e que queria matar a todos.

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O motivo para a revolta seria a aparente falta de interesse das garotas pelo estudante universitário. "As meninas sempre deram seu carinho, amor e sexo para outros homens, mas nunca para mim", diz o jovem, que acrescenta que o vídeo será a sua última publicação.

Elliot Rodger foi identificado como o autor do vídeo e o responsável pelo tiroteio que matou outras seis pessoas
Foto: Youtube / Reprodução

O ataque aconteceu em um bairro de Isla Vista, perto do campus da Universidade da Califórnia. O agressor dirigia um carro preto e atirou contra pedestres em vários pontos da cidade, antes de ser morto, relatou o chefe de polícia do condado de Santa Barbara, Bill Brown, em entrevista coletiva na madrugada deste sábado.

O homem trocou tiros com a polícia duas vezes de dentro do carro, e conseguiu fugir em ambas as ocasiões. Em seguida, bateu em um carro estacionado e, quando a polícia se aproximou, "comprovou que ele estava morto, aparentemente com um tiro na cabeça", relatou Brown.

A polícia apreendeu uma arma no carro do agressor. "Trata-se de um massacre cometido por um atirador. É obra de um louco", disse o policial.

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A polícia recebeu as primeiras chamadas de emergência às 21h30 locais, após o primeiro tiroteio, perto de um mercadinho, onde morreu uma pessoa. Segundo a polícia, já foram identificados nove locais onde o homem fez disparos.

Nikolaus Becker, que jantava em um restaurante próximo, declarou ao jornal "Los Angeles Times" que, inicialmente, pensou em fogos de artifício. Depois, viu um grupo de policiais seguir até o local de onde vinha o barulho e retornar correndo.

"Gritaram para que voltássemos para dentro do restaurante e nos protegessemos", contou.

Sienna Schwartz afirmou à rede de TV CNN que sentiu uma bala passar muito próximo dela. "Foi como um golpe de vento", lembrou, chorando.

Autoridades acreditam que o homem tenha agido sozinho.

"A polícia está analisando provas escritas e gravadas que sugerem que esta atrocidade foi um massacre premeditado", disse Brown

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Os tiroteios são um fenômeno recorrente nos Estados Unidos: os mais graves dos últimos anos foram os da escola de Columbine (Colorado, 13 mortos, 1999), campus de Virginia Tech (32 mortos, 2007), escola Sandy Hook, em Newtown (Connecticut, 26 mortos, incluindo 20 crianças, 2012), cinema perto de Denver (12 mortos, 2012), e prédio da Marinha americana em Washington (13 mortos).

O FBI registrou 170 tiroteios com pelo menos quatro vítimas fatais desde 2006.

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