Trump pagará US$ 25 milhões para encerrar caso de fraude contra universidade

18 nov 2016 - 20h58

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, concordou em pagar US$ 25 milhões para que o caso de fraude contra sua universidade seja encerrado, anunciaram nesta sexta-feira as autoridades de Nova York.

"Considero satisfatório que, sob os termos deste acordo, cada vítima receba uma restituição e que Donald Trump pague até US$ 1 milhão em multas ao estado de Nova York por violar as leis estaduais de educação", disse em comunicado o procurador-geral do estado, Eric Schneiderman.

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O procurador destacou que o acordo representa uma "mudança impressionante na postura" de Trump, que até agora tinha se negado a indenizar as "mais de 6 mil vítimas de sua universidade fraudulenta".

"Donald Trump lutou contra nós em cada passo do processo, apresentando acusações infundadas e apelações infrutíferas, e negando-se a fazer um acordo, inclusive por valores modestos, de compensações para as vítimas de sua falsa universidade", afirmou Schneiderman.

Segundo a investigação da procuradoria, o centro universitário que o magnata nova-iorquino abriu em 2005 e fechou cinco anos depois nunca teve licença para operar e cometeu fraude ao oferecer educação para milhares de consumidores.

O centro oferecia cursos sobre finanças e negócios do setor imobiliário com matrículas de até US$ 35 mil e que também foi alvo de processos na Califórnia, que serão encerrados com este acordo, se ele for aceito pelas autoridades judiciais.

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"As vítimas da Universidade Trump esperaram anos pelo resultado de hoje e me satisfaz que sua paciência e persistência sejam recompensadas por este acordo de US$ 25 milhões", afirmou o procurador-geral de Nova York.

Em princípio, o acordo elimina a possibilidade de o presidente eleito ter que comparecer ao tribunal. No fim do mês, teriam início as audiências judiciais do processo aberto na Califórnia.

Durante a última campanha eleitoral, o caso foi utilizado em várias ocasiões pela candidata democrata, Hillary Clinton, para atacar Trump.

O magnata sempre se defendeu das críticas alegando que a Universidade Trump tinha um "grau de aprovação" de 98% por parte de seus alunos, e que poderia ter chegado a um acordo para encerrar o caso, mas que não o fez "por princípios".

Trump, que foi processado várias vezes, sempre se gabou de não fazer acordos judiciais.

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Os registros da Justiça americana mostram que, desde o início dos anos 1980, Trump foi processado pelo menos 150 vezes e a maioria das ações terminaram com final feliz para o magnata.

  
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