Donald Trump, um dos pré-candidatos republicano à presidência, usou a fuga do narcotraficante Joaquín "O Chapo" Guzmán para aumentar suas críticas contra os imigrantes e afirmar que os contrabandistas mexicanos utilizam a fronteira como "um aspirador, levando as drogas e a morte diretamente aos Estados Unidos".
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"O maior senhor da droga do México escapou da prisão. Incrível a corrupção e os EUA pagam o preço. Eu avisei!", destacou o milionário empresário em sua conta no Twitter ao saber da fuga, pela segunda vez, do chefe do Cartel de Sinaloa de uma prisão de segurança máxima no México.
As autoridades mexicanas informaram que 'El Chapo', o inimigo público número um dos Estados Unidos após a morte de Osama bin Laden, fugiu na noite de sábado da prisão do Planalto I, no estado do México, por um túnel que levava a um imóvel a 1,5 quilômetro de distância da penitenciária.
Aproveitando a fuga de "El Chapo", Trump defendeu seus comentários feitos em 16 de junho, quando anunciou sua campanha presidencial e lançou duras críticas contra os imigrantes mexicanos e propôs levantar um "grande muro" na fronteira sul.
"O México manda sua gente, mas não manda o melhor. Está enviando gente com um monte de problemas. Estão trazendo drogas, crime, estupradores. Assumo que há alguns que são bons", afirmou o magnata no lançamento de sua campanha.
"Nós ficamos com os assassinos, as drogas e o crime. Eles ficam com o dinheiro!", exclamou nesta segunda-feira o magnata, que aproveitou para arremeter contra Jeb Bush, um de seus adversários pela indicação republicana à presidência, e contra a favorita entre os democratas, Hillary Clinton.
"Imaginem Jeb Bush ou Hillary Clinton negociando com 'El Chapo', o senhor mexicano das drogas que escapou da prisão? Trump, no entanto, daria um chute na bunda dele!", afirmou o pré-candidato republicano, que perdeu vários contratos com cadeias de televisão como Univisión e ESPN por sua retórica antimigrantes.
O magnata, de 69 anos, também carregou contra o governo de Barack Obama ao ironizar que os Estados Unidos seriam capazes de convidar Chapo "a se tornar um cidadão americano porque os 'líderes' do país não podem dizer que não".
O governo dos EUA ofereceu este domingo ajuda e assistência ao México para capturar novamente "El Chapo", que "enfrenta múltiplas acusações por tráfico de drogas e crime organizado nos Estados Unidos", destacou a procuradora-geral do país, Loretta Lynch.