O primeiro teste clínico de uma vacina contra o Ebola começou nos Estados Unidos no início de setembro com um pequeno número de voluntários, que não apresentaram reações adversas até o momento, disse nesta terça-feira o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, Anthony Fauci.
A vacina, desenvolvida pelo laboratório GlaxoSmithKline e pelo Instituto Americano de Saúde (NIH, por sua sigla em inglês), e que deu bons resultados em macacos, é objeto de um estudo clínico com dez pessoas desde 2 de setembro.
"Até agora não há evidência" que indique reações graves, disse o doutor Anthony Fauci a uma comissão do Senado.
Outros dez voluntários serão vacinados nos próximos dias, acrescentou Fauci. No total, 20 pessoas de 20 a 50 anos e em bom estado de saúde participam do teste clínico no NIH, perto da capital, Washington.
Os resultados completos deste estudo estarão disponíveis no fim deste ano.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, realizará uma análise clínica da mesma vacina em 60 voluntários saudáveis.
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O primeiro voluntário britânico da vacina experimental recebeu a injeção nesta quarta-feira.
Como a vacina não contém material do vírus infeccioso do Ebola, só um de seus genes, os especialistas afirmam não haver temor de que algum dos pacientes contraia a doença mortal.
A epidemia de Ebola na África Ocidental, a mais grave desde que o vírus foi identificado em 1976, causou a morte de mais de 2.461 pessoas em 4.985 casos (confirmados, prováveis e suspeitos), de acordo com o último registro da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado nesta terça-feira.
Os países mais afetados são Libéria (1.137 mortos), Guiné (557 mortos) e Serra Leoa (524 mortos).
Com informações da Reuters e AFP.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que "medidas drásticas" devem ser tomadas para conter o surto de ebola na África Ocidental, que já matou cerca de 400 pessoas. É o maior surto em números de casos, número de mortes e em distribuição geográfica. Na foto, uma equipe está próxima ao corpo de uma vítima
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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Mais de 600 casos já foram registrados na República da Guiné, onde o surto começou há 4 meses em Guekedou (foto acima). O local já foi um importante posto de troca na região, atraindo comerciantes de diversos países vizinhos.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou que o surto de ebola está fora do controle. O MSF tem cerca de 300 funcionários nacionais e internacionais trabalhando nos países onde o vírus se espalhou. Outros países estão sob alerta. A foto acima mostra um paciente sendo tratado por funcionários da organização.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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O ebola é uma doença viral, cujos sintomas inciais podem incluir febre repentina, forte fraqueza, dores musculares e de garganta, segundo a OMS. E isso é só o início: o próximo passo é vômito, diarreia e, em alguns casos, hemorragia interna e externa.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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O vírus é altamente contagioso,e não tem vacina ou cura, por isso equipes médicas usam roupas especiais para evitar contaminação. Dependendo da força, até 90% dos infectados morrem. Na foto, pacientes esperam resultado de exames de sangue
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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Os testes de laboratório irão determinar em questão de horas se as amostras contém ou não o vírus do ebola
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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Após exposição ao vírus na área isolada, roupas e botas das equipes de atendimento são desinfetadas com cloro
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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Além de cuidar da clínica, a equipe tenta conscientizar as pessoas sobre a doença. No bairro de Touloubengo, colchões são distribuídos a cinco famílias cujas casas foram desinfetadas após a morte de um membro.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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Sia Bintou passou mais de 10 dias em tratamento, com poucas esperanças de deixar o local viva, mas sobreviveu. Enquanto não há um tratamento específico para o ebola, a equipe tenta fortalecer os pacientes tratando os sintomas.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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Mas nem todos se salvam. Nessa foto, a família de Finda Marie Kamano, incluindo sua irmã (centro), e outros membros da comunidade, estão presentes em seu funeral próximo a sua casa.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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A sepultura de Finda Marie é marcada com um broto de árvore
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF
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