Veja relatos de brasileiros que estiveram na Maratona de Boston

Cerca de 130 brasileiros participaram da tradicional Maratona de Boston no feriado do Dia do Patriota

15 abr 2013 - 20h26
(atualizado em 16/4/2013 às 17h40)

Milhares de pessoas presenciaram as duas explosões próximas à linha de chegada da Maratona de Boston, na tarde desta segunda-feira, nos Estados Unidos, que mataram pelo menos duas pessoas e deixaram mais de 100 feridos. Entre atletas treinadores e espectadores, diversos brasileiros estiveram no local e descreveram os momentos de pânico que viveram na cidade americana. Veja relatos dos brasileiros que estavam em Boston:

Marcelo Moraes (atleta)

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"Foi uma coisa absurda, muito estresse, um terror total, ainda mais em um evento grande como esse, em um feriado. Meu hotel fica a uns três quarteirões do local da explosão, foi um barulho bem forte, logo na linha de chegada, onde as pessoas estavam chegando, posando para fotos. Tinham cachorros, policiais para todo o lado, exército, mas mesmo assim acontece uma coisa dessas. É muito difícil de se especular sobre o que aconteceu, mas é uma data importante para eles, o Dia do Patriota, e aconteceu na linha de chegada, é uma coisa bem simbólica”.

Marcos Paulo Reis (treinador)

“No começo ninguém entendeu o que estava acontecendo e as pessoas ficaram desesperadas. Primeiro falaram que havia sido dentro do hotel e havia polícia por todos os lados. Eu estava lá na hora, indo para a linha de táxi. Como toda a maratona eu fico o percurso todo acompanhando os alunos. Felizmente todos estão bem e ninguém se feriu. Não falei com nenhum aluno, mas sei que estão todos bem”.

Marcos Bigon Giari (atleta)

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“É um absurdo isso acontecer em um evento esportivo, as pessoas vêm aqui para participar de uma festa... a gente hoje está sentindo, em menor proporção, o que aconteceu em 2001 (11 de setembro). A gente pensa que americano é neurótico com segurança, mas tem que ser. Um colega nosso desceu ao saguão do hotel, mas está uma verdadeira confusão, tem muita gente chorando... nós brasileiros não estamos acostumados com uma coisa dessas. Corremos por uma estrada passamos pelas casas, naquele padrão americano, sem muros, com todo mundo na rua, famílias, idosos, colégios cheios de crianças, asilo, é uma festa, e americano faz bem isso, mas acabou tudo, não sabemos nem o que vamos fazer. Existe uma grande emoção por estar aqui. O mundo inteiro está aqui, é uma grande confraternização, a cidade tem orgulho de receber os atletas".

Valdenise Souza (atleta)

“Fico feliz por não ter acontecido nada comigo. Estou machucada e vim (para Boston) porque já tinha pago tudo. Se eu tivesse diminuído um pouco o ritmo a bomba tinha me pego. Me corta o coração saber que terminei a prova e que pessoas perderam o pé. Minha mãe tinha dito que ia ficar na arquibancada (onde ocorreu as explosões), mas ela não conseguiu ficar lá e acabou indo me encontrar onde pegava as medalhas. De repente começou correria, vi gente chorando e muito desespero. Achei que alguém tinha atirado porque as pessoas se escondiam nas entradas dos prédios. Eu chorava porque as pessoas começaram a falar em bomba. Estou péssima. Não consegui nem tomar banho. Estou desde a hora que cheguei atendendo telefone, mandando mensagem”.

Pedro Cerize (atleta)

"Uma festa linda dessa termina em tragédia. A chegada estava cheia de famílias e crianças torcendo por pessoal que elas nem conheciam. Nunca vou entender a cabeça e a covardia de um terrorista que ataca crianças e famílias. Muito triste esse incidente. Ainda não declararam que foi terrorismo, mas o local foi escolhido a dedo. Difícil ser acidente"

Brasileiro que correu maratona relata clima em Boston
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Fonte: Terra
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