A Venezuela acusou nesta quarta-feira o secretário americano de Estado, John Kerry, de incentivar os protestos de rua contra o governo do presidente Nicolás Maduro, após o diplomata afirmar que os Estados Unidos estão preocupados com a situação no país sul-americano.
"Estas reiteradas declarações (de Kerry) se prestam a incentivar os setores mais reacionários da oposição a prolongar suas ações violentas à margem da Constituição", assinalou a chancelaria em Caracas.
Mais cedo, Kerry afirmou que "os Estados Unidos estão profundamente preocupados com a situação de deterioração na Venezuela", e destacou o "agravamento" das condições sociais e econômicas no país, mas destacou que a solução poderá surgir apenas dos próprios venezuelanos.
"Acreditamos que cabe ao povo da Venezuela decidir o futuro da Venezuela", esclareceu Kerry, reiterando o apoio americano ao diálogo iniciado entre governo e oposição. Kerry ressaltou que os manifestantes têm "queixas legítimas", que devem ser atendidas.
Segundo Caracas, "surpreende que, com estas declarações, o governo americano considere como forma legítima de protesto o incêndio de universidades e caminhões de alimentos, assim como o vandalismo contra instituições públicas (...) e até o assassinato de cidadãos inocentes".
As declarações de Kerry também "constituem uma insolência contra a participação da Unasul e da Santa Sé no processo de diálogo" com a oposição.
Os protestos na Venezuela já deixaram 41 mortos e mais de 700 feridos. Os manifestantes tomam as ruas contra a inflação, perto de 60% anual, a escassez de produtos básicos, como papel higiênico e café, e a violência.
Maduro afirma que as manifestações são uma tentativa de golpe patrocinada por setores de Estados Unidos e Colômbia. Estados Unidos e Venezuela não têm embaixadores em Caracas e Washington desde 2010.
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Manifestantes "inundaram" as ruas do país neste domingo contra o atual governo
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Marcha pacífica reclamava sobre governo; milhares participaram da manifestação em pleno Carnaval
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Manifestantes participaram de um grande protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro na região metropolitana de Caracas, neste domingo, 2 de março
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Uma marcha pacífica foi realizada nas cidades de Chacao, Baruta e Sucre, região metropolitana de Caracas, neste domingo, 2 de março
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A Venezuela enfrenta uma de suas piores crises em uma década. Foto tirada em mais uma grande manifestação realizada na zona metropolitana de Caracas, em 2 de março
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As manifestações das últimas semanas deixaram pelo menos 18 pessoas mortas, em função da violência que tomou conta de alguns protestos e confrontos entre manifestantes encapuzados, forças de segurança e militantes pró-governo
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Manifestante exibe cartaz com a mensagem "A censura deste governo demonstra sua incompetência", durante protesto neste domingo, 2 de março, na região metropolitana de Caracas
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Manifestantes participaram de um grande protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro nos arredores de Caracas, neste domingo, 2 de março
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Manifestantes também protestaram pela liberdade de imprensa, neste domingo, 2 de março, em cidades da região metropolitana de Caracas
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Venezuela: novas manifestações ocupam Caracas e arredores
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Bandeiras do país foram carregadas por manifestantes neste domingo
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Manifestantes venezuelanos foram às ruas neste domingo, 2 de março
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Manifestante segura cartaz contra o governo e a censura que estaria sendo aplicada aos meios de comunicação no país
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