Estudo aponta que número de mortes de Covid-19 na Itália é maior do que o relatado

30 dez 2020 - 15h18

É provável que o número de mortes pelo coronavírus na Itália seja consideravelmente maior do que o relatado, disse o escritório de estatísticas Istat nesta quarta-feira em uma análise, apontando para as milhares de fatalidades que não foram atribuídas oficialmente à Covid-19.

Pessoas caminham em área comercial de Roma em meio à pandemia de Covid-19 
23/12/2020 REUTERS/Guglielmo Mangiapane
Pessoas caminham em área comercial de Roma em meio à pandemia de Covid-19 23/12/2020 REUTERS/Guglielmo Mangiapane
Foto: Reuters

Em seu segundo relatório sobre o impacto da epidemia na taxa de mortalidade italiana, o Istat disse que, de fevereiro ao final de novembro, houve quase 84 mil mortes adicionais na comparação com a média dos cinco anos anteriores.

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Destas "mortes excedentes", 57.647 - ou 69% - foram registradas oficialmente pelo Ministério da Saúde e pela unidade de proteção civil como sendo atribuídas ao novo coronavírus.

A Itália continuou a registrar centenas de mortes diárias de Covid-19 desde que o estudo foi concluído, e a contagem oficial atualizada chegou a 73.604 nesta quarta-feira, a maior da Europa e a quinta maior do mundo.

O relatório da Istat, elaborado com o Instituto Nacional de Saúde, disse que não foi possível concluir que a mortalidade excedente foi toda resultante da Covid-19 por causa de questões metodológicas e dificuldades para determinar a causa precisa da morte.

Mas o relatório sustentou que a tendência temporal das mortes excedentes acompanhou de perto a trajetória da pandemia.

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A pandemia teve uma disparada em regiões do norte durante a primavera, seguida por uma redução no verão, quando as taxas de mortalidade gerais voltaram ao normal, e um aumento novo e acelerado a partir de outubro na chamada segunda onda de infecções por coronavírus.

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