EUA: greve dos trabalhadores da Boeing termina com reajuste salarial de 43,65%

Unidades da fabricante de aeronaves ficaram paralisadas por quase dois meses em Washington, Oregon e Califórnia

6 nov 2024 - 18h27
(atualizado às 18h38)
Aeronave Boeing 737 Max durante exibição no Farnborough International Airshow, em Farnborough, Reino Unido]
20/07/2022
REUTERS/Peter Cziborra
Aeronave Boeing 737 Max durante exibição no Farnborough International Airshow, em Farnborough, Reino Unido] 20/07/2022 REUTERS/Peter Cziborra
Foto: Reuters

Cerca de 33 mil trabalhadores da Boeing, membros do sindicato Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM), ratificaram um novo contrato trabalhista com a empresa, marcando um precedente para os salários no setor aeroespacial. O acordo prevê um aumento salarial acumulado de 43,65% ao longo de quatro anos e foi aprovado após uma greve de quase dois meses em Washington, Oregon e Califórnia, que atraiu ampla atenção pública e apoio de Republicanos e Democratas.

O governo Biden intermediou as negociações na figura da Secretária do Trabalho, Julie Su. Em nota da IAM, os líderes sindicais Jon Holden e Brandon Bryant, presidentes dos Distritos 751 e W24 da IAM, celebraram a vitória como um avanço significativo para os trabalhadores da Boeing.

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“Este acordo é uma afirmação de que os trabalhadores podem e devem lutar por condições justas. Nossa esperança é que ele inspire outros trabalhadores da indústria e de outros setores a buscar justiça no trabalho”, afirmaram em comunicado conjunto.

Além do aumento salarial progressivo (13%, 9%, 9% e 7% ao longo dos quatro anos), o novo contrato oferece um bônus de ratificação de US$ 12 mil (cerca de R$ 62,2), opções flexíveis de recebimento, reforço no plano de incentivo de produtividade (AMPP) com um pagamento mínimo anual de 4%, e uma correspondência de até 8% da contribuição para o plano de previdência privada por parte da empresa.

Outras conquistas incluem melhorias no plano de aposentadoria, nas regras de horas extras e na cobertura de saúde, além de um plano reforçado para incapacidades temporárias e permanentes.

Gary R. Allen, vice-presidente geral da IAM, ressaltou o impacto duradouro do acordo: “Para muitos trabalhadores, este contrato será transformador. É o maior avanço que obtivemos em nossa convenção coletiva em uma década e servirá de exemplo para o restante da indústria”.

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A IAM é uma das maiores organizações sindicais da América do Norte, representando aproximadamente 600 mil membros ativos e aposentados. Este novo acordo com a Boeing estabelece um novo patamar para os profissionais do setor aeroespacial e, segundo a entidade “reforça o poder de negociação coletiva como um caminho para conquistas trabalhistas duradouras”.

Fonte: Redação Terra
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