'EUA nunca deixarão de apoiar Israel': como país reage à escalada da violência entre israelenses e palestinos

Os Estados Unidos anunciaram que estão deslocando um porta-aviões, navios e aviões de combate para o leste do Mar Mediterrâneo em sinal de apoio a Israel, seu principal aliado na região.

9 out 2023 - 17h27
O presidente dos Estados Unidos afirmou que apoiará Israel e que garantirá a disponibilidade da ajuda necessária.
O presidente dos Estados Unidos afirmou que apoiará Israel e que garantirá a disponibilidade da ajuda necessária.
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

O governo dos Estados Unidos anunciou que um porta-aviões, navios e aviões de combate estão sendo levados para o leste do Mar Mediterrâneo, na sequência da ofensiva do Hamas contra Israel.

Já o presidente americano, Joe Biden, classificou o episódio como um "ataque horrível e sem precedentes".

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"Os Estados Unidos estão ao lado do povo de Israel diante destes ataques terroristas. Nunca deixaremos de apoiar Israel", disse Biden.

O presidente acrescentou que Israel "tem o direito de defender seu território e seu povo."

Biden disse que conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no sábado, para expressar seu apoio.

"No meu governo, o apoio à segurança de Israel é sólido e inabalável", disse Biden.

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O secretário de Defesa, Lloyd Austin, disse que o porta-aviões USS Gerald R. Ford, um cruzador e quatro destróieres estão indo para a região.

A Casa Branca anunciou que enviaria mais ajuda militar a Israel nos próximos dias, acrescentando que "está trabalhando para garantir que os inimigos de Israel não tentem tirar vantagem da situação".

O embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Herzog, disse à CBS News que tinha informações de que alguns americanos estavam entre os soldados e civis sequestrados pelo Hamas no sul de Israel, embora não pudesse dar detalhes.

O governo de Israel afirmou que mais de 700 pessoas foram mortas e 100 haviam sido sequestradas no ataque do Hamas.

Em Gaza, segundo autoridades palestinas, mais de 600 pessoas foram mortas em consequência de ataques aéreos de retaliação por parte de Israel.

O porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior navio de guerra do mundo, ewstá sendo levado para a região (Foto de arquivo)
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Papel do Irã

O movimento militar refletiu a preocupação dos Estados Unidos de que o conflito entre Israel e Hamas poderia envolver outros países da região.

Em particular, os Estados Unidos procuram evitar que o grupo libanês Hezbollah entre no conflito.

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O Hezbollah conta com o respaldo do Irã, que também financia e fornece armamento para o Hamas.

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, expressou seu apoio ao ataque do Hamas, afirmando que Israel deveria ser "responsabilizado por colocar a região em perigo".

Já o Hamas disse que a ajuda do Irã permitiu que o ataque de sábado acontecesse. O grupo atacou Israel com foguetes, drones e militantes em parapentes, o que permitiu a centenas de combatentes atravessarem os muros fronteiriços de Israel.

Por outro lado, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse não ter evidências da participação direta do Irã, mas registrou que o país foi um aliado do grupo islâmico palestino.

"O Hamas não seria o Hamas sem o apoio que recebeu ao longo de muitos anos do Irã. Ainda não temos provas de que o Irã está por trás deste ataque específico ou de que esteja envolvido. Mas o apoio ao longo de muitos anos é evidente", disse Blinken em entrevista à televisão americana.

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O Irã negou a sua participação no ataque a Israel em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.

Obstáculo legislativo

Desde a Segunda Guerra Mundial, Israel tem sido um dos maiores beneficiários da ajuda externa dos Estados Unidos.

No entanto, para que haja um novo e eventual pacote de ajuda para Israel após o ataque do Hamas, há um problema político que deve primeiro ser resolvido no plenário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

Desde 3 de outubro, a presidência da Câmara está vaga, depois de Kevin McCarthy ter se tornado o primeiro presidente da Casa a ser destituído.

Agora, os membros do Partido Republicano enfrentam pressão política e diplomática para prosseguir com a votação para nomear um novo presidente da Câmara e posteriormente enviar nova ajuda a Israel, uma situação que só pode ocorrer com a aprovação do Congresso.

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