O governo Trump planeja redirecionar funcionários da Agência de Segurança nos Transportes (TSA) para a fronteira sul dos Estados Unidos para auxiliarem com os serviços de imigração e os fluxos migratórios, comunicou a própria TSA nesta quarta-feira.
Um porta-voz da TSA disse que a agência procura voluntários para darem apoio aos esforços na fronteira do país com o México, onde o governo diz estar lidando com uma quantidade recorde de pessoas.
"A TSA, como todos os componentes do DHS (Departamento de Segurança Interna), está apoiando o esforço do DHS para tratar da crise humanitária e de segurança na fronteira sul. A TSA está solicitando voluntários para apoiar este esforço, mas minimizando o impacto operacional", disse o porta-voz James Gregory em um comunicado.
A incumbência da TSA na fronteira durará ao menos 45 dias e acontece no início da movimentada temporada de viagens do verão, o que uma autoridade dos EUA admitiu envolver "algum risco", segundo a CNN, que foi a primeira a noticiar o plano citando um email interno que obteve.
Os funcionários da TSA incluirão 175 agentes da lei, entre eles delegados da vigilância aérea, e até 400 seguranças convocados em seis cidades, mas não incluirão seguranças de aeroporto, disse a CNN citando duas fontes adicionais não identificadas. As seis cidades não foram mencionadas de imediato.
Os agentes da lei da TSA enviados à divisa receberão treinamento legal e auxiliarão o departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras como agentes de imigração, disse a reportagem.
No início deste mês, o governo dos EUA relatou que agentes de fronteira apreenderam quase 99 mil pessoas vindas do México em abril, a cifra mais alta desde 2007. Mais de dois terços eram crianças ou pessoas viajando em família.