Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (7) que aplicaram sanções contra Antal Rogan, chefe de gabinete do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção.
De acordo com as autoridades americanas, o alto funcionário do governo, encarregado de supervisionar os serviços de inteligência da nação, "teria orquestrado esquemas projetados para controlar setores estratégicos da economia húngara".
"Rogan desempenhou um papel central em permitir um sistema na Hungria que beneficiou a si mesmo e seu partido às custas do povo. A atividade é emblemática do clima mais amplo de impunidade na Hungria, onde elementos-chave do Estado foram capturados por oligarcas e atores antidemocráticos", escreveu o governo americano.
No comunicado, Washington ainda cobrou que os líderes húngaros "abordem a corrupção de forma proativa, inequívoca e decisiva", pois uma Budapeste "mais transparente contribuirá para uma Aliança Transatlântica mais forte e uma Europa mais forte".
O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter Szijjártó, disse que a ação dos EUA foi um "ato de vingança pessoal do embaixador [David Pressman] enviado ao país pela fracassada administração de Washington, que sairá sem sucesso e de forma inglória". Já o porta-voz do governo húngaro, Zoltan Kovacs, anunciou que tomará "ações legais" contra a medida.
Estados Unidos e Hungria mantiveram relações tensas durante o mandato do democrata Joe Biden, principalmente pela proximidade de Budapeste com a Rússia, apesar da guerra na Ucrânia. Orbán, no entanto, é um dos mais fortes apoiadores do presidente eleito, Donald Trump, no continente europeu. .