EUA voltam a rejeitar pedido da ONU por fim de embargo a Cuba

23 jun 2021 - 16h11
(atualizado às 16h17)

O governo do presidente Joe Biden manteve nesta quarta-feira a tradição dos Estados Unidos de votar contra uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas que pede o fim do embargo econômico norte-americano contra Cuba.

Assembleia Geral das Nações Unidas. 27/10/2015. REUTERS/Lucas Jackson.
Assembleia Geral das Nações Unidas. 27/10/2015. REUTERS/Lucas Jackson.
Foto: Reuters

A resolução foi aprovada pela 29ª vez com 184 votos a favor, três abstenções e dois votos contrários --EUA e Israel. A votação na Organização das Nações Unidas (ONU) pode ter peso político, mas só o Congresso dos EUA pode anular o embargo de mais de 50 anos.

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Os EUA votaram constantemente contra as resoluções da ONU durante 24 anos, mas se abstiveram pela primeira vez em 2016 no governo do então presidente Barack Obama, quando Washington e Havana forjaram um relacionamento mais estreito.

Washington voltou a se opor à resolução na gestão do presidente Donald Trump, que também reverteu quase todas as medidas que Obama havia adotado para amenizar o embargo e melhorar os laços entre os EUA e seu ex-inimigo da Guerra Fria.

Durante sua campanha, Biden prometeu reverter algumas das medidas de Trump em relação a Cuba que "infligem dano ao povo cubano e não fazem nada para impulsionar a democracia e os direitos humanos". Mas ainda não cumpriu tal promessa, e seu governo diz que uma mudança na política para a ilha não está entre suas prioridades.

Antes da votação, o diplomata norte-americano Rodney Hunter disse à Assembleia Geral da ONU que sanções são um conjunto de ferramentas do esforço mais amplo de Washington no que diz respeito a Cuba para impulsionar a democracia, promover o respeito pelos direitos humanos e ajudar o povo cubano a exercitar liberdades fundamentais.

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