Europa prorroga lockdowns e impõe regras mais rígidas contra Covid-19

13 jan 2021 - 13h48

Governos de toda a Europa anunciaram lockdowns mais rígidos e mais longos contra o coronavírus, nesta quarta-feira, por temores sobre uma variante de rápida disseminação detectada pela primeira vez no Reino Unido, enquanto as vacinações ainda não devem ajudar muito nos próximos dois a três meses.

Enfermeira trata paciente com Covid-19 em UTI de hospital em Aachen, Alemanha
21/12/2020
REUTERS/Leon Kuegeler
Enfermeira trata paciente com Covid-19 em UTI de hospital em Aachen, Alemanha 21/12/2020 REUTERS/Leon Kuegeler
Foto: Reuters

A Itália vai prorrogar seu estado de emergência contra Covid-19 até o final de abril, disse o ministro da Saúde, Roberto Speranza, conforme as infecções não mostram sinais de diminuição.

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A Alemanha provavelmente terá que estender as restrições até fevereiro, afirmou o ministro da Saúde, Jens Spahn, enfatizando a necessidade de reduzir ainda mais os contatos para evitar a variante mais infecciosa identificada no Reino Unido.

O gabinete alemão aprovou controles de entrada mais rígidos, exigindo que as pessoas que chegam de países com muitos casos ou onde a variante mais virulenta esteja circulando façam um teste de coronavírus.

A chanceler Angela Merkel disse em uma reunião de parlamentares na terça-feira que as próximas oito a 10 semanas serão muito difíceis se a variante mais infecciosa se espalhar para a Alemanha, de acordo com um participante da reunião.

Spahn declarou à rádio Deutschlandfunk que levaria mais dois ou três meses até que a campanha de vacinação realmente comece a ajudar.

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O governo holandês informou na noite de terça-feira que ampliará as medidas de lockdown, incluindo o fechamento de escolas e lojas, por pelo menos três semanas até 9 de fevereiro.

"Esta decisão não é uma surpresa, mas é uma decepção incrível", disse o primeiro-ministro Mark Rutte em entrevista coletiva, acrescentando que a ameaça representada pela nova variante é "muito, muito preocupante", e que o governo está considerando impor um toque de recolher.

Na França, o presidente Emmanuel Macron se reuniu com ministros para discutir possíveis novas medidas. Um toque de recolher em todo o país pode ser antecipado das 20h para as 18h, como já aconteceu em algumas partes do país, noticiou a mídia francesa.

Não há necessidade de fechar escolas, mas novas restrições são necessárias à luz da variante britânica, disse o principal assessor científico do governo, acrescentando que se as vacinas forem mais amplamente aceitas, a crise poderia terminar em setembro.

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Na Suíça, as autoridades em Berna cancelaram a etapa de Lauberhorn da Copa do Mundo de downhill, com medo de que a nova variante --trazida pelo que as autoridades de saúde disseram ser um único turista britânico-- estivesse se espalhando rapidamente entre os habitantes locais.

Pelo menos 60 pessoas tiveram resultados positivos no resort alpino de Wengen nas últimas quatro semanas.

O governo suíço deve anunciar na quarta-feira que estenderá suas regras de lockdown por cinco semanas até o final de fevereiro, incluindo o fechamento de todos os restaurantes, locais culturais e recreativos.

Houve notícias mais otimistas da Polônia, onde o número de casos da Covid-19 se estabilizou após aumento no outono.

"Espero que em duas a três semanas as restrições sejam um pouco menores, a vacina funcione", disse o ministro das Finanças da Polônia, Tadeusz Koscinski, em entrevista ao Money.pl.

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