Um dirigente religioso da rede Al-Qaeda na Península Arábica (Aqpa), ligada aos irmãos Kouachi, autores do ataque ao jornal parisiense Charlie Hebdo, ameaçou a França com novos atentados em um vídeo divulgado nesta sexta-feira, informou o centro americano de vigilância na Internet (SITE).
"Não estarão em segurança enquanto combaterem Alá, seu mensageiro e seus fiéis", disse ao povo francês Narit al Nadari, uma autoridade da AQPA em matéria da sharia, a lei islâmica.
Atentados, assassinatos, sequestros e perseguições em Paris
A sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, foi alvo de um ataque que matou 12 pessoas no dia 7 deste mês. De acordo com testemunhas, dois homens encapuzados invadiram a redação armados de fuzis e, enquanto atiravam nas pessoas que trabalhavam no local, gritaram “vamos vingar o profeta” e Allah akbar (Alá é grande). O semanário já havia sofrido diversas ameaças por publicar charges e caricaturas da figura religiosa de Maomé.
Je suis Laurent: sobrevivente da revista descreve atentado
Video Player
O atentado causou comoção no mundo todo. Manifestações foram organizadas com cartazes escritos "je suis Charlie" (Sou Charlie) e mãos empunhando lápis, o material de trabalho dos quatro cartunistas mortos no episódio.
Cidades da França entraram em alerta máximo para ataque terrorista e 88 mil homens das forças de segurança iniciaram uma caçada aos envolvidos no atentado. Nove pessoas foram presas no dia seguinte. Os irmãos nascidos em Paris e de pais argelinos Cherif Kuachi, 32 anos, e Said Kuachi, de 34, foram identificados como os autores dos disparos. O primeiro já havia sido condenado, em 2008, por ter atuado num grupo que enviava jihadistas ao Iraque.
Publicidade
Charlie Hebdo: Multidão empunha caneta em vigílias pelo mundo
Video Player
Nesta sexta-feira (9), a polícia fechou o cerco após os dois irmãos, que estavam foragidos, roubarem um carro e invadirem uma fábrica na cidade de Dammartin-en-Goële, ao norte de Paris, onde mantiveram um refém. Ao mesmo tempo, no leste de Paris, o casal Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly mataram três pessoas em um mercado judaico e fizeram outras dez reféns.
Coulibaly, que conheceria um dos irmãos Kuachi, foi identificado pela polícia como o autor dos disparos que mataram uma policial na periferia de Paris no dia anterior.
Após horas de negociações, ambos os lugares foram invadidos pela polícia. Em Dammartin-en-Goële, os irmãos foram mortos e o refém liberado. No mercado, um sequestrador foi morto, assim como um refém, e a outra terrorista permanece foragida.
1 de 22
Milhares de pessoas se reuniram em Paris, em homenagem às vítimas do sangrento atentado contra a revista humorística Charlie Hebdo
Foto: EFE en español
2 de 22
Atos foram convocados por vários sindicatos, associações, meios de comunicação e partidos políticos
Foto: AFP
3 de 22
Cerca de cinco mil pessoas se reuniram a partir das 17h locais (14h de Brasília) na praça da República, perto da sede do semanário.
Foto: Twitter
4 de 22
Atos de apoio a vítimas de ataque se espalham pela Europa
Foto: Reuters
5 de 22
Atos de apoio a vítimas de ataque se espalham pela Europa
Foto: Reuters
6 de 22
Atos de apoio a vítimas de ataque se espalham pela Europa
Foto: AFP
7 de 22
Em Roma, na Itália, manifestantes se reuniram em frente à embaixada francesa para prestar solidariedade ao país.
Foto: Gregorio Borgia
8 de 22
Jornalistas da agência de notícias Agence France Presse fizeram um minuto de silêncio na redação segurando papéis com o escrito "eu sou Charlie".
Foto: Bertrand Guay
9 de 22
Funcionários do portal Mashable também realizaram uma homenagem aos jornalistas que morreram no atentado
Foto: Mashable
10 de 22
Em Amsterdam, na Holanda, manifestantes se reuniram na praça Dam
Foto: Evert Elzinga
11 de 22
Em Barcelona, na Espanha, grupo se reuniu em frente à embaixada francesa.
Foto: Manu Fernandez
12 de 22
Em Barcelona, na Espanha, grupo se reuniu em frente à embaixada francesa.
Foto: Manu Fernandez
13 de 22
Em Londres, na Inglaterra, pessoas foram à praça Trafalgar prestar homenagem.
Foto: Leon Neal
14 de 22
Em Londres, na Inglaterra, pessoas foram à praça Trafalgar prestar homenagem.
Foto: Leon Neal
15 de 22
Jornalistas da AFP protestam contra o ataque segurando cartazes
Foto: Loic Venance
16 de 22
Homem deposita flroes em altar montado em rua de Berlim, na Alemanha
Foto: Kay Nietfeld
17 de 22
Jornais dinamarqueses estampam luto na capa em memória às vitimas
Foto: Erik Refner
18 de 22
Na França, todas as bandeiras do país foram colocadas a meio mastro nos edifícios públicos
Foto: Ian Langsdon
19 de 22
Integrante da Guarda Republicana Francesa ao lado de bandeiras com fitas pretas
Foto: /Ian Langsdon
20 de 22
Também em Paris, na França
Foto: EFE
21 de 22
Francês escreve recado de paz em poste em lembrança ao atentado
Foto: EFE
22 de 22
Atos de apoio aconteceram também na Rússia
Foto: Sergei Ilnitsky
Publicidade
Todos os direitos de reprodução e representação reservados.