Milhares de pessoas fantasiadas acompanharam o desfile de carros alegóricos do Carnaval de Colônia, oeste da Alemanha, apesar dos temores de um atentado terrorista que, no domingo, levou ao cancelamento dos festejos em Brunswick (norte).
A "Segunda-feira das Rosas" é o momento maior do Carnaval alemão e, na ocasião, as grandes cidade da região de Renânia do Norte/Westfália organizam gigantescas festas populares.
"Estamos bem preparados", afirmou uma porta-voz da polícia de Colônia, referindo-se às medidas de segurança para o desfile.
No mês passado, a prefeitura havia proibido que se fizesse referência aos atentados de Paris por questões de segurança. Mas a decisão foi revertida.
Agora, à frente dos desfiles, há dois carros dedicados à liberdade de expressão.
Um representa um palhaço que rega uma planta em forma de lápis, símbolo das manifestações contra o atentado na revista Charlie Hebdo e em um supermercado judeu em Paris, ao pé do qual está a cabeça cortada de um terrorista.
No desfile de Dusseldorf (oeste), também houve carros dedicados à Charlie Hebdo e à liberdade de expressão.
No domingo, a cidade alemã de Braunschweig (norte) cancelou um desfile de Carnaval em função de uma "ameaça específica de ataque islamita", conforme anunciou a polícia.
O desfile foi cancelado depois de um informação fornecida por fontes da segurança de Estado, segundo comunicado da polícia.
Entrevistado pelo canal de televisão alemão NDR, um dos chefes de polícia, Michael Pientka, indicou que não havia ligações entre este cancelamento e os ataques terroristas registrados no sábado em Copenhague, um mês depois dos atentados jihadistas que deixaram 17 mortos em Paris.
Segundo os organizadores, as festividades de Braunschweig são as mais importantes do norte da Alemanha durante as comemoração do Carnaval, com mais de 250.000 visitantes.
A decisão de cancelar o evento foi tomada pelo prefeito da cidade, Ulrich Markurth, e o diretor do desfile, Gerhard Baller.