Alemanha detém americanas que se uniriam a Estado Islâmico

Pedido foi feito pelo consulado americano, que foi avisado do sumiço das estudantes

22 out 2014 - 10h03
(atualizado às 10h37)
<p>A imprensa dos EUA especula que as adolescentes iriam se unir ao Estado Islâmico</p>
A imprensa dos EUA especula que as adolescentes iriam se unir ao Estado Islâmico
Foto: Reuters

Três adolescentes americanas que supostamente se juntariam ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Síria foram detidas no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, no último fim de semana. As jovens foram enviadas de volta para Denver, nos EUA, disse uma porta-voz do FBI nesta terça-feira. A polícia alemã confirmou que as meninas foram encaminhadas a seus pais a pedido do consulado americano.

De acordo com o jornal americano Denver Post, as adolescentes são duas irmãs de origem somali, de 15 e 16 anos de idade, e uma jovem com raízes sudanesas, de 16 anos. A imprensa dos EUA especula que elas iriam se unir ao Estado Islâmico.

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Segundo o jornal, as irmãs teriam simulado uma doença para não irem à escola, pegado US$ 2 mil (quase R$ 5 mil) dos pais e partido para o aeroporto. Os pais teriam, então, notado a falta do dinheiro e dos passaportes das garotas e notificado a polícia. Eles teriam dito não saber dos planos da garotas, que nunca haviam fugido.

A família somali disse que uma das jovens comprou as passagens. Ainda não se sabe se as adolescentes tinham contato com algum membro do grupo extremista. Segundo a emissora Voice of America, uma das irmãs teria dito que tinha a intenção de estudar na Turquia.

A terceira jovem chegou a atender a uma ligação de seus pais e disse que estava atrasada para a aula, mas que iria para a escola. Ela também estava fugindo e isso ficou claro quando a escola ligou para a família afirmando que ela não teria chegado. 

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Quando ambas as famílias ligaram para a polícia, os passaportes das adolescentes foram anotados e elas foram barradas no aeroporto alemão. Após serem enviadas de volta aos EUA nesta segunda-feira, as meninas foram devolvidas às famílias. O caso segue sendo investigado.

Um relatório publicado recentemente pelo Centro Internacional de Estudos sobre Radicalização da King's College, em Londres, afirma que cerca de 12 mil estrangeiros de mais de 70 países já se uniram ao EI na Síria e no Iraque.

Segundo o governo alemão, centenas de cidadãos do país se juntaram ao grupo jihadista. "A busca por um significado ou uma crise pessoal frequentemente abrem espaço para ideologias radicais islamistas. Para algumas pessoas, pode ser uma forma de autodescobrimento ou autoafirmação", disse Florian Endres, do Departamento Federal de Migração e Refugiados da Alemanha.

Com informações da Deutsche Welle e da CNN.

Desvendando o Estado Islâmico

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Fonte: Terra
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