Alemão é condenado a prisão por se unir ao Estado Islâmico

5 dez 2014 - 11h29
(atualizado às 12h50)

Um alemão de 20 anos foi condenado a 3 anos e 9 meses de prisão, nesta sexta-feira, depois de admitir que seu uniu a militantes do Estado Islâmico na Síria. Esse foi o primeiro julgamento na Alemanha de um jihadista local acusado de pertencer ao grupo.

Os juízes decidiram tratar o homem, que é conhecido como Kreshnik B. e nasceu na Alemanha de pais kosovares, como juvenil por sua falta de maturidade. Na Alemanha, pessoas entre 18 e 21 anos podem ser enquadradas na lei juvenil se forem consideradas incapazes de mostrar a noção de responsabilidade de um adulto.

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Eles também disseram não haver indícios de que ele tenha participado diretamente em combates durante os seis meses que passou na Síria. “Sendo jovem, ele não foi capaz de resistir à influência dos amigos islâmicos”, afirmou o juiz principal, Thomas Sagebiel. Embora ele tenha exibido as atitudes de um islâmico radical, o juíz expressou a esperança de que a pena leve terá o efeito educativo necessário. 

A pena foi seis meses menor da que os promotores desejavam, mas acima dos 3 anos e 3 meses pleiteados por seu advogado de defesa depois que Kreshnik B., em troca de um tratamento mais brando dos juízes, admitiu ter se juntado ao Estado Islâmico e sido treinado com armas.

Os militantes do Estado Islâmico capturaram vastas porções de território na Síria e no Iraque, decapitaram prisioneiros ocidentais, mataram muitos muçulmanos não-sunitas e declararam um califado governado segundo a sharia, a lei islâmica, no coração do Oriente Médio.

Milhares de voluntários ocidentais foram à Síria e ao Iraque para cerrar as fileiras de grupos militantes, despertando temores na Europa e nos Estados Unidos de ataques cometidos por combatentes na volta para casa, e as autoridades estão apertando o cerco a eles e a financiadores e recrutadores.

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Cerca de 550 cidadãos alemães se juntaram ao Estado Islâmico na Síria e no Iraque, e cerca de 60 deles morreram, alguns como homens-bomba, afirmaram as autoridades. Acredita-se que aproximadamente 180 outros retornaram à Alemanha, e os promotores estão investigando cerca de 300 outros.

No mês passado, juízes franceses condenaram um jihadista que voltou ao país a sete anos de prisão, embora ele só tenha passado 10 dias na Síria sem combater. A Grã-Bretanha sentenciou dois irmãos a penas de quatro e três anos e meio por receberem treinamento na Síria.

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