Pelo menos 10 pessoas morreram nesta segunda-feira no naufrágio de uma embarcação lotada de imigrantes ilegais ao longo da costa líbia, anunciou a agência de notícias italiana Ansa.
O barco foi avistado no início desta tarde por uma embarcação da guarda-costeira que patrulhava o Canal da Sicília.
Um navio mercante, que navegava na área, foi o primeiro a intervir, segundo a Ansa.
Os meios de comunicação locais afirmaram que até agora 200 imigrantes foram resgatados com vida por barcos italianos e que havia, pelo menos, 400 pessoas na embarcação.
Segundo a rede de televisão SkyTV24, o naufrágio ocorreu uma centena de milhas ao sul de Lampedusa, perto da costa da Líbia.
Nas operações de resgate participam navios militares italianos da operação "Mare Nostrum" e navios comerciais que transitavam na região.
A nova tragédia ocorreu dias depois de pelo menos 40 pessoas terem morrido quando um barco naufragou perto da costa líbia, na terça-feira passada e seis meses após o naufrágio de duas embarcações em frente a Lampedusa, que deixou quase 400 mortos, uma das mais graves da história recente.
Um porta-voz da Marinha líbia, o coronel Ayub Kasem, indicou à AFP que as autoridades de seu país foram informadas do naufrágio, mas que não podiam participar da operação de socorro. "Não temos meios para ajudar. A tragédia aconteceu em águas internacionais, longe da costa", afirmou.
Com mais de 4.000 km de fronteiras terrestres com seis Estados e mais de 1.700 km de fronteiras marítimas, a Líbia é um país de trânsito para as costas europeias para centenas de milhares de imigrantes, em sua maioria africanos.
Segundo organizações humanitárias, cerca de 20.000 pessoas se afogaram no mar Mediterrâneo tentando entrar na Europa nos últimos 20 anos.
