A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, anunciou que renuncia como líder do Partido Social-Democrata após a derrota desta quinta-feira nas eleições gerais, nas quais a oposição de direita recuperou o poder.
"A liderança consiste em retirar-se no momento adequado, e esse momento é agora", afirmou Thorning-Schmidt em entrevista coletiva nas dependências de seu partido no parlamento dinamarquês.
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Além disso, a primeira mulher a se transformar em chefe de governo na Dinamarca em 2011 informou que amanhã, sexta-feira, apresentará sua renúncia como primeira-ministra.
A até agora ministra da Justiça, Mette Frederiksen, é a principal candidata a suceder Thorning-Schmidt no cargo, segundo meios de comunicação dinamarqueses.
O Partido Social-Democrata recuperou sua condição de força mais votada com 26,4% dos votos, apesar de uma legislatura convulsa e das críticas a seu governo pelos cortes sociais, mas o bloco de centro-esquerda ficou com 47,3% dos sufrágios contra 52,4% da oposição de direita.
Eleições e seus números
A oposição de direita ganhou as eleições gerais da Dinamarca com o 52,3% contra 47,7% do bloco governamental de centro-esquerda da primeira-ministra, Helle Thorning-Schmidt, após a apuração de 100% dos votos, informou nesta sexta-feira a Autoridade Eleitoral do país.
A direita obteve 90 das 179 cadeiras do parlamento dinamarquês, por isso não necessitou do apoio de nenhum dos quatro mandatos que são escolhidos pelos territórios autônomos da Groenlândia e das Ilhas Faroe, como, no entanto, indicavam as pesquisas de boca de urna.
O Partido Social-Democrata foi a força mais votada com 26,3% e 47 cadeiras, uma crescimento de 1,5 ponto e três mandatos.
O ultraconservador Partido Popular Dinamarquês veio em seguida com 21,1% e 37 cadeiras, em comparação com os 12,3% e 22 deputados nas eleições de 2011. O Partido Liberal de Lars Lokke Rasmussen, provável primeiro-ministro, passou de 26,7% e 47 cadeiras para 19,5% e 34.
A Lista Unitária subiu para a quarta posição com 7,8% (6,7% em 2011) e 14 mandatos, dois a mais que na última legislatura.
A Aliança Liberal cresceu 2,5 pontos e aumentou seu número de legisladores com quatro deputados, chegando a 7,5% e 13 mandatos.
O novo partido ambientalista de centro, o Alternativa, entrou no parlamento com 4,8% e nove deputados.
Os aliados dos social-democratas no governo, os social-liberais e os socialistas populares, que deixaram o Executivo no meio da legislatura, tiveram forte queda: os primeiros caíram para 4,6% (9,5% em 2011) e oito cadeiras (17 na última legislatura); os outros, para 4,2% (9,2%) e sete (16).
O Partido Conservador continuou sua queda da última década ao somar 3,4% dos votos (no último pleito foram 4,9%) e seis cadeiras, em comparação com os oito deputados de 2011.
A participação foi de 85,8%, quase dois pontos a menos que a registrada em 2011.