Atentado é parte da guerra contra jornalistas, diz comitê

Pelo menos 158 repórteres e fotógrafos foram mortos enquanto trabalhavam desde 2011

7 jan 2015 - 15h50
(atualizado às 16h23)
Bombeiros e policiais trabalham no resgate das vítimas do ataque terrorista contra a revista satírica "Charlie Hebdo"
Bombeiros e policiais trabalham no resgate das vítimas do ataque terrorista contra a revista satírica "Charlie Hebdo"
Foto: Philippe Wojazer / Reuters

O ataque aos jornalistas na sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, nesta quarta-feira, que deixou 12 mortos, não é um incidente isolado, mas parte de uma tentativa ampla de amordaçar a imprensa, afirmou o diretor-executivo do Comitê de Proteção aos Jornalistas, Joel Simon. Pelo menos 158 repórteres e fotógrafos foram mortos enquanto trabalhavam desde 2011. As informações são da Bloomberg.

“Há uma guerra contra a liberdade de expressão”, disse Simon. O Comitê de Proteção aos Jornalistas acompanha os casos de mortes de profissionais da imprensa desde 1992. 

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“Embora os ataques em Paris sejam incomuns, porque as vítimas eram cartunistas satíricos, eles também são típicos, porque jornalistas foram assassinados por seu trabalho”, completou.

"Atentado é parte de guerra que mata centenas de repórteres", diz entidade de jornalistas
Foto: Twitter

A Federação de Associações de Jornalistas da Espanha (Fape) também se manifestou nesta quarta-feira em relação aos atentados. A  Fape qualificou o ato de "atentado contra a democracia e a liberdade de informação".

Jornais e revistas em torno da Europa e do Oriente Médio se preparam para a violência no “rescaldo” do tiroteio de hoje na sede da Charlie Hebdo. Periódicos de Paris tiveram a segurança redobrada, assim como o jornal dinamarquês Jyllands-Posten, que publicou uma charge de Maomé em 2005.

Em Madri, escritórios do jornal El País foram esvaziados depois de suspeitas em torno de um pacote no local. A sede do Financial Times também teve níveis de segurança aumentados.

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“Depois de um 2014 terrível, temos um terrível começo para a liberdade de imprensa no mundo todo este ano”, disse Vicent Peyregne, chefe-executivo da Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias, com base em Paris.

Vídeo mostra homens atirando em policial em ataque em Paris
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Fonte: Terra
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