Um ataque realizado por três homens encapuzados e armados com Kalashnikov contra a sede da revista satírica Chalie Hebdo em Paris, na manhã desta quarta-feira, deixou 12 mortos, entre eles 10 jornalistas.
Além do editor-chefe do semanário, Stéphane Charbonnier, que vinha sofrendo ameaças e estava sob proteção policial, outras quatro vítimas já tiveram os nomes revelados. São elas: os cartunistas Jean Cabut, Georges Wolinski, Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, e o escitor e economista Bernard Maris.
Mais de três mil policiais procuram os responsáveis pelo atentado contra a publicação, conhecida pelo escárnio e pelas sátiras escrachadas.
Nesta quinta, sete pessoas foram colocadas sob custódia sob suspeita de participação no crime, indicou o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve.
Durante a madrugada, a polícia francesa deteve o jovem Murad Hamyd, de apenas 18 anos, e continuou caçando pelo menos outros dois suspeitos. Após a captura de Hamyd, os policiais - especialmente as unidades de elite - seguiam à procura dos irmãos franceses nascidos em Paris Said Kuachi, 34, e Cherif Kuachi, 32, o último um jihadista conhecido pelos serviços antiterroristas.
Uma fonte judicial que não quis se identificar afirmou que homens e mulheres próximos aos dois irmãos já foram interrogados.
Vídeos divulgados na internet e por emissoras de TV francesas mostram a ação dos terroristas. Em uma das gravações, feita com um celular por um morador de rua, um dos atiradores executa um policial já ferido no chão com um tiro na cabeça. Após espalhar o terror, os homens fugiram em um veículo preto. Veja as imagens.