A Austrália pediu ao Conselho de Segurança da ONU a criação de um tribunal internacional para processar os responsáveis por derrubar o avião da Malaysia Airlines há quase um ano no leste da Ucrânia, matando 298 pessoas, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.
"Um tribunal criminal internacional mandaria uma clara mensagem de que o mundo não tolerará os atos que ameaçam a paz e a segurança, pondo em perigo a aviação civil", disse em comunicado a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop.
O pedido da Austrália é apoiado pela Bélgica, Malásia, Holanda e Ucrânia, que consideram que julgar os responsáveis por derrubar o voo MH17 "será a melhor maneira de assegurar que se faça justiça para as vítimas e seus entes queridos", disse Bishop.
A Austrália tem 38 cidadãos entre as 298 vítimas que morreram na queda do voo MH17, que cobria a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur, em uma região do leste da Ucrânia controlada por rebeldes pró-Rússia quando foi atingido por um míssil terra-ar.
A Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e com capacidade de vetar o pedido, disse que ainda é cedo para determinar como as responsabilidades serão julgadas.