Avião com vítimas do MH17 chegará à Holanda nesta 2ª feira

Restos mortais das vitimas foram encontrados por equipe de analistas holandeses e australianos

3 ago 2014 - 16h48
Equipe de especialistas holandeses e australianos foi enviada ao local onde avião foi derrubado na Ucrânia
Equipe de especialistas holandeses e australianos foi enviada ao local onde avião foi derrubado na Ucrânia
Foto: ALEXEY KRAVTSOV / AFP

As autoridades da Holanda informaram neste domingo que aguardam para amanhã, segunda-feira, a chegada de outro avião com restos mortais das vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, que caiu no leste da Ucrânia no último dia 17 de julho após ser atingido por um míssil.

"Por volta das 14h GMT (11h de Brasília) chegará um avião militar com vítimas do desastre", confirmou o governo holandês em comunicado, o qual também confirma a realização de uma cerimônia solene em sua chegada à base aérea de Eindhoven, assim como ocorreu na chegada da primeira aeronave no dia 23 de julho.

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Na sequência, segundo a fonte, os restos mortais das vítimas serão levados até a base militar de Hilversum, no norte do país, onde serão realizados os trabalhos de identificação dos corpos.

Os restos mortais das vitimas, que deverão partir da cidade ucraniana de Kharkiv, foram encontrados pela equipe de analistas holandeses e australianos que trabalharam no local da tragédia ao longo dos três últimos dias.

Por outra parte, o escritório de advogados Beer indicou hoje à emissora pública holandesa "NOS" que investigará a possibilidade dos familiares das vítimas reivindicarem juridicamente responsabilidades e compensações à Ucrânia, Rússia ou a suposta república de Donetsk, declarada independente pelos separatistas pró-russos, mas não reconhecida internacionalmente.

Neste aspecto, a "NOS" também lembrou o precedente da Líbia, país que teve que indenizar os parentes das 270 vítimas em US$ 10 milhões pelo atentado contra um avião da Pan Am que sobrevoava a cidade escocesa de Lockerbie em 1988, um ataque atribuído aos agentes do regime de Muammar Kadafi.

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"Será uma questão de perseverança", disseram os advogados, que lembraram que, no caso de Lockerbie, as famílias demoraram 20 anos para receber as indenizações.

  
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