Centenas de pessoas fizeram um minuto de silêncio na Praça de Catalunha nesta sexta-feira (18), em Barcelona, em homenagem às vítimas do atentado terrorista cometido ontem com uma van que atropelou mais de 100 pessoas na zona turística e comercial de Las Ramblas. Os espanhois se reuniram na Praça de Catalunha, que fica em Las Ramblas, junto com o rei Felipe 6º, o chefe de governo Mariano Rajoy, o presidente catalão, Carles Puigdemont, e a prefeita Ada Colau. Após permanecer em silêncio por um minuto, a multidão aplaudiu as vítimas e entoou coros de "não tenho medo".
O atentado, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), ocorreu por volta das 17h locais (12h de Brasília), quando uma van branca atropelou por 600 metros dezenas de pedestres que estavam em Las Ramblas. Até o momento, a polícia confirmou a morte de 13 pessoas e mais de 100 feridos. A zona de Las Ramblas é formada por um calçadão e vielas comerciais que atraem turistas todos os dias. O local estava lotado no momento do acidente, em pleno verão europeu.
A região ficou completamente interditada durante a noite para operações da polícia e de limpeza, mas já foi reaberta ao público. Apenas uma das vias que leva ao porto permanece fechada para veículos. O motorista da van conseguiu fugir. Ele foi identificado pela polícia como Moussa Oukabir, de 17 anos. O jovem seria irmão de Driss Oukabir, de 27 anos, cuja foto tinha sido divulgada ontem pela imprensa como o principal suspeito do atentado.
Driss, porém, apresentou-se à delegacia para negar o envolvido no caso, mas acabou sendo detido. A polícia chegou até Driss porque seus documentos estavam no furgão usado no atentado.
Agora, as autoridades trabalham com a hipótese de que o jovem irmão tenha pego os documentos de Driss para alugar o veículo.