A Marinha Militar encontrou os restos do barco que naufragou no dia 18 de abril com mais de 700 imigrantes ilegais a bordo, informou a entidade nesta quinta-feira (07). Segundo os investigadores, a embarcação está a 85 milhas da costa da Líbia e a 375 metros de profundidade. "O objeto de cor azul com 25 metros de comprimento é correspondente com os restos da embarcação que afundou no dia 18 de abril", explicou a Marinha em nota.
A tragédia com a embarcação é considerada a maior já registrada no Mar Mediterrâneo. Os poucos sobreviventes dera
m números desencontrados sobre a quantidade de pessoas no bote, mas todos variavam entre 700 e 900 pessoas. Sobre a imigração ilegal, o ministro italiano do Interior, Angelino Alfano, soltou uma frase polêmica e disse que os imigrantes "devem trabalhar de graça" ao chegarem no país.
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Devemos pedir às regiões que apliquem nossa circular que permite o trabalho gratuito dos imigrantes. Ao invés de ficarem lá sem fazer nada, que eles trabalhem", disse Alfano após uma conferência sobre o tema.
O titular da pasta prosseguiu seu discurso dizendo que deve haver uma "distribuição igualitária [das pessoas] entre todos os países da Europa e entre todas as regiões italianas". Questionado sobre o fato de algumas regiões serem contra o recebimento dos imigrantes ilegais, ele disse que essa é uma questão de "justiça". "Acredito que um critério de justiça deva valer para todos, seja para países ou regiões. Precisamos trabalhar na Europa para a proteção humanitária. É um desafio que iria para outros países europeus que são beneficiários dessa proteção", finalizou