O ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, disse nesta quinta-feira que vai ser candidato nas eleições ao Parlamento Europeu em maio, concorrendo a um cargo público pela primeira vez desde que foi condenado por fraude fiscal, em 2013.
Berlusconi, de 82 anos, um chamativo magnata da mídia e político propenso a escândalos, foi expulso do Senado e impedido de assumir cargos públicos depois de sua condenação por corrupção.
Entretanto, a proibição foi suspensa em maio do ano passado, permitindo que ele voltasse a ter ambições eleitorais.
"Em minha madura idade avançada, decidi a partir de um senso de responsabilidade ir para a Europa, onde há escassez de uma profunda visão de mundo", disse o sempre bronzeado Berlusconi a apoiadores na ilha mediterrânea da Sardenha.
Ter o nome como cabeça da chapa de seu partido, o Forza Italia, nas eleições da União Europeia deve garantir visibilidade a Berlusconi e quase certamente lhe garantir a eleição. Não há garantias, porém, de que ele passe muito tempo em Bruxelas caso eleito.
Os líderes italianos com frequência se candidatam a cargos europeus somente para depois focar na política de seus países após a votação.
Uma das maiores polêmicas políticas de Berlusconi teve início no Parlamento europeu em 2003, quando era primeiro-ministro e comparou um parlamentar alemão a um guarda de campo de concentração nazista.