Berlusconi se diz feliz por ajudar idosos e deficientes

Ex-primeiro-ministro italiano apareceu ao público maquiado e sorridente, afirmando que sempre se dedicou a ajudar aos outros e que faz isso "com muito gosto"

17 abr 2014 - 17h03
<p>Berlusconi disse que quando dirigia seu império de mídia Fininvest sempre reservava tempo para visitar "todos os sábados" seus empregados doentes ou hospitalizados</p>
Berlusconi disse que quando dirigia seu império de mídia Fininvest sempre reservava tempo para visitar "todos os sábados" seus empregados doentes ou hospitalizados
Foto: AFP

O ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, declarou nesta quinta-feira que está "muito feliz" com a decisão do Tribunal de Milão de cumprir sua condenação ajudando idosos e deficientes em um centro de assistância.

"O Tribunal de Vigilância me obriga a dedicar parte de meu tempo às pessoas necessitadas: isto me deixa muito feliz porque sempre me dediquei a ajudar os outros", afirmou Berlusconi durante um encontro com a imprensa para apresentar os candidatos de seu partido, o Forza Italia, às eleições europeias.

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Berlusconi, que apareceu maquiado e sorridente, declarou que ajudará "com muito gosto" os idosos e deficientes da Fundação Sagrada Família, um centro que ajuda mais de 2.000 pessoas.

O Tribunal de Milão decidiu na terça-feira que Berlusconi deverá cumprir sua condenação a um ano de prisão por fraude fiscal dedicando "ao menos um dia da semana e não menos do que quatro horas" aos pacientes e hóspedes do centro.

O magnata das comunicações disse que quando dirigia seu império de mídia Fininvest sempre reservava tempo para visitar "todos os sábados" seus empregados doentes ou hospitalizados.

"Em troca, recebi muito carinho", disse ele, afirmando que "é o único empresário na Itália que nunca teve que lidar com uma greve".

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O tribunal foi muito tolerante com o ex-premiê, autorizando-o a viajar para Roma de terça a quinta-feira, o que permitirá a ele coordenar as campanhas políticas de seu partido.

O bilionário, de 77 anos, líder indiscutível há duas décadas da direita italiana e três vezes primeiro-ministro, não poderá se candidatar às eleições de maio para o Parlamento Europeu, devido uma condenação por sonegação de impostos.

"Esta decisão favorece a esquerda", protestou Berlusconi, em tom de campanha.

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