Biden reafirma apoio à Ucrânia, mas alerta para corrupção

22 abr 2014 - 05h56
(atualizado às 10h19)
Joe Biden (à esq.) foi recebido pelo primeiro-ministro interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov
Joe Biden (à esq.) foi recebido pelo primeiro-ministro interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov
Foto: Reuters

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reafirmou nesta terça-feira a membros do Parlamento ucraniano o apoio dos Estados Unidos ao país, mas encorajou os novos líderes a combater a corrupção durante a reconstrução do governo.

“A oportunidade para gerar uma Ucrânia unida e fazer o certo está ao seu alcance. E nós queremos ser seu parceiro e amigo no projeto. Nós estamos prontos para ajudar”, disse Biden a políticos de vários partidos, incluindo alguns candidatos que disputarão a Presidência no próximo mês.

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Biden afirmou que a Ucrânia enfrentou ameaças humilhantes e grandes problemas, mas acrescentou que Washington está pronta para auxiliar os líderes ucranianos nesta oportunidade para criar uma unidade nacional.

O vice-presidente disse que não há razão para que a Ucrânia não alcance segurança energética, mas que isso deve levar algum tempo. Biden criticou a dependência do país pelo gás fornecido pela Rússia, dizendo que a Ucrânia estaria em uma posição mais forte caso não enfrentasse essa dependência.

"É hora da Rússia deixar de falar e começar a atuar"

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta terça-feira que a Rússia deve passar a atuar para cumprir com os acordos de Genebra para solucionar a crise na Ucrânia.

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O vice-presidente norte-americano, Joe Biden, está em Kiev para visita de apoio ao país
Foto: Ints Kalnins / Reuters

"É hora da Rússia deixar de falar e começar a atuar", disse após se reunir com o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk.

Biden pediu que Moscou convença os separatistas pró-Rússia a depor as armas e saírem dos edifícios públicos que ocupam em várias cidades do sudeste da Ucrânia.

"Não é algo tão difícil de fazer. Está acabando o tempo para conseguir avanços. Não permitiremos que isto se transforme em um processo interminável", disse.

Além disso, o vice-presidente convocou os representantes russos a cooperar no leste da Ucrânia com a missão da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), encarregada de garantir o cumprimento dos acordos assinados em 17 de abril pela Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e a União Europeia.

"Nenhum país deve ameaçar o outro instalando suas tropas na fronteira e deste modo desestabilizado a situação no país vizinho. Queremos que a Rússia não apoie gente mascarada e com uniforme que se apodera de edifícios no leste do país", afirmou.

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Segundo o vice-presidente, uma "conduta provocadora da Rússia conduzirá a um maior isolamento".

Acordo de Genebra

Biden, que chegou neste final de semana na Ucrânia, destacou que o governo de Kiev fez "tudo" para cumprir com os acordos de Genebra, como a aprovação de uma lei de anistia para os manifestantes pró-Rússia que entregarem as armas e desocupem os edifícios públicos.

Ucrânia x Rússia: Veja o poderio bélico dos dois países

Segundo ele, as eleições presidenciais de 25 de maio serão "as mais importantes da história da Ucrânia".

Biden se reuniu antes com o presidente interino, Aleksandr Turchinov, que acusou hoje as milícias russófonas de violar os acordos de Genebra ao tomar o controle da sede da polícia na cidade de Kramatorsk.

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Yatseniuk afirmou que a Ucrânia "não exige nada da Rússia, apenas uma coisa: que cumpra suas obrigações internacionais"
Foto: Reuters

Por sua parte, Yatseniuk assegurou que a "Ucrânia nunca e em nenhuma circunstância reconhecerá a anexação da Crimeia".

"Nós consideramos que neste século não se pode permitir a nenhum país que se comporte como um criminoso armado, mais ainda para os países que são membros do Conselho de Segurança e que, até há pouco, eram membros do G8", opinou.

Yatseniuk afirmou que a Ucrânia "não exige nada da Rússia, apenas uma coisa: que cumpra suas obrigações internacionais", em referência o Memorando de Budapeste (1994), que obriga os signatários (Rússia, EUA e Reino Unido) a garantir a integridade territorial da Ucrânia.

Com informações das agências AP, EFE e Reuters.

Entenda a crise na Ucrânia

Fonte: Terra
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