O bispo Felix Genn de Münster, na Alemanha, proibiu nesta terça-feira o sacerdote Paul Spälting de sua diocese de fazer celebrações e, portanto, falar em nome da Igreja tanto dentro quanto fora do templo, após sua participação em uma manifestação de caráter islamofóbico.
Segundo um comunicado emitido pelo Bispado, recentemente, o sacerdote padre participou de uma manifestação organizada pelo movimento Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida) na cidade de Duisburg e subiu ao palco para discursar para o público.
"Com suas abordagens, o sacerdote cria bases para ideologias de direita, para a xenofobia e para um enfrentamento entre religiões que não tem lugar dentro da Igreja Católica", denunciou Felix Genn, que aplicou o artigo 764 do Código Canônico.
No discurso, Spälting criticou que a catedral de Colônia que apagou as luzes durante recente manifestação da Pegida em Duisburg, como mostra de rejeição a esse movimento. O padre falou ainda contra a chanceler, Angela Merkl, que disse que o islã fazia parte da Alemanha.
Conforme o comunicado, o Bispado rejeitou com contundência a visão "distorcida" que o sacerdote tem do passado e do presente e tachou de "perigosas" suas palavras, ao incitar o ódio ao islã.
"Ele abusou de sua autoridade como sacerdote e pastor", explicou Felix Genn, que elogiou os cristãos estão indo às ruas da Alemanha contra a islamofobia.