A opção de tirar o Reino Unido da União Europeia (UE) supera a escolha pela permanência em 4,5% (52,28% contra 47,72%) no referendo realizado nesta quinta-feira após a apuração de 14 das 382 zonas eleitorais britânicas.
Em termos absolutos, 394.867 pessoas votaram com o objetivo de romper os laços com o bloco econômico, enquanto 360.391 decidiram continuar na UE.
Em Newcastle, a primeira cidade inglesa a divulgar publicamente a apuração, a opção de permanência na UE somou 50,7% dos votos, contra 49,3% adeptos à separação.
Em Sunderland, reduto no qual já se esperava um resultado favorável ao "Brexit", a alternativa de abandonar o bloco obteve ampla vantagem, de 61% contra 39% dos votos.
Em Gibraltar, onde as pesquisas previam uma vitória do campo pró-europeu, 96% dos eleitores apoiaram a continuidade na UE e apenas 4% quiseram a saída.
Diante dos primeiros resultados oficiais, que dão vantagem ao "Brexit", a libra esterlina se desvalorizou cerca de 3% nos mercados internacionais de divisas.
Uma pesquisa elaborada ao longo do dia pela empresa YouGov previu pouco depois do fechamento das urnas que a permanência na União Europeia ganhará com 52% dos votos.
O eurofóbico Nigel Farage, líder do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), admitiu que acredita que o país tenha votado a favor da permanência britânica na União Europeia (UE) no referendo realizado nesta quinta-feira.
O político populista e anti-imigração disse à agência britânica Press Association (PA) que sua previsão é baseada no que foi dito por alguns de seus "amigos que trabalham nos mercados financeiros" e que realizaram algumas pesquisas.