Cameron comparecerá à manifestação contra atentados em Paris

Ato contará com a presença dos dirigentes dos principais partidos franceses e de diversos líderes europeus

9 jan 2015 - 17h11
(atualizado às 17h52)
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, discursa para líderes empresariais em uma conferência em Manchester, norte da Inglaterra, em 08 de janeiro
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, discursa para líderes empresariais em uma conferência em Manchester, norte da Inglaterra, em 08 de janeiro
Foto: Peter Byrne / Reuters

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, confirmou nesta sexta-feira que comparecerá à manifestação de unidade convocada para o próximo domingo em Paris, para repudiar o atentado contra a revista Charlie Hebdo, no qual 12 pessoas morreram, e os ataques cometidos por supostos islamitas posteriormente.

"Aceitei o convite do presidente François Hollande para me juntar à manifestação em Paris neste domingo, para celebrar os valores que sustentam a 'Charlie Hebdo'", disse Cameron em seu perfil no Twitter.

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Veja momento em que polícia invade mercado em Paris
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É esperado que os dirigentes dos principais partidos franceses, assim como diversos líderes europeus, compareçam no domingo à manifestação de solidariedade às vítimas do atentado contra a revista e dos posteriores ataques em vários pontos da capital francesa, que terminaram com a morte de sete pessoas, entre eles três supostos jihadistas.

A ministra britânica do Interior, Theresa May, também comparecerá no domingo à reunião de ministros do Interior europeus para pactuar medidas de segurança contra a ameaça terrorista.

Atentados, assassinatos, sequestros e perseguições em Paris

A sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, foi alvo de um ataque que matou 12 pessoas no dia 7 deste mês. De acordo com testemunhas, dois homens encapuzados invadiram a redação armados de fuzis e, enquanto atiravam nas pessoas que trabalhavam no local, gritaram “vamos vingar o profeta” e Allah akbar (Alá é grande). O semanário já havia sofrido diversas ameaças por publicar charges e caricaturas da figura religiosa de Maomé.

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Veja explosão durante caça aos irmãos Kouachi, em Paris
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O atentado causou comoção no mundo todo. Manifestações foram organizadas com cartazes escritos "je suis Charlie" (Sou Charlie) e mãos empunhando lápis, o material de trabalho dos quatro cartunistas mortos no episódio.

Cidades da França entraram em alerta máximo para ataque terrorista e 88 mil homens das forças de segurança iniciaram uma caçada aos envolvidos no atentado. Nove pessoas foram presas no dia seguinte. Os irmãos nascidos em Paris e de pais argelinos Cherif Kuachi, 32 anos, e Said Kuachi, de 34, foram identificados como os autores dos disparos. O primeiro já havia sido condenado, em 2008, por ter atuado num grupo que enviava jihadistas ao Iraque.

Nesta sexta-feira (9), a polícia fechou o cerco após os dois irmãos, que estavam foragidos, roubarem um carro e invadirem uma fábrica na cidade de Dammartin-en-Goële, ao norte de Paris, onde mantiveram um refém. Ao mesmo tempo, no leste de Paris, o casal Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly mataram três pessoas em um mercado judaico e fizeram outras dez reféns. Coulibaly, que conheceria um dos irmãos Kuachi, foi identificado pela polícia como o autor dos disparos que mataram uma policial na periferia de Paris no dia anterior.

Após horas de negociações, ambos os lugares foram invadidos pela polícia. Em Dammartin-en-Goële, os irmãos foram mortos e o refém liberado. No mercado, um sequestrador foi morto, assim como um refém, e a outra terrorista permanece foragida. 

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