Capitão do Costa Concordia é condenado a 16 anos de prisão por desastre

11 fev 2015 - 17h41

Um tribunal italiano condenou a 16 anos de prisão o capitão do navio de cruzeiro Costa Concordia nesta quarta-feira pelo seu papel no naufrágio de 2012 que matou 32 pessoas.

Capitão do Costa Concordia Schettino no tribunal em Grosseto. 11/02/2015.
Capitão do Costa Concordia Schettino no tribunal em Grosseto. 11/02/2015.
Foto: Max Rossi / Reuters

Francesco Schettino estava no comando do navio, um hotel flutuante do tamanho de três campos de futebol, quando chegou perto demais da costa e atingiu rochas ao largo da ilha toscana de Giglio.

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Schettino foi acusado de homicídio culposo múltiplo, de causar o naufrágio e abandonar o navio num dos incidentes marítimos de maior destaque nos últimos anos.

No entanto, ainda não se sabe se ele vai realmente ir para a cadeia antes do fim do longo processo de apelação na Itália, o que pode levar anos.

Investigadores criticaram severamente o modo como ele agiu durante o desastre. Ao atingir as rochas, abriu-se um buraco no casco da embarcação, o que levou ao início de uma caótica remoção de mais de 4.000 passageiros e tripulantes durante a noite.

Schettino também é acusado de ter demorado para iniciar a retirada das pessoas e perdido o controle da operação, tendo abandonado o navio antes de todos os passageiros e tripulantes serem resgatados.

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Os promotores pediram pena de 26 anos de prisão para Schettino, que admitiu alguma responsabilidade como comandante do navio, mas negou culpa pelas mortes que ocorreram durante a remoção.

Ele foi deixado sozinho no banco dos réus para responder pelo desastre após a Costa Cruzeiros, uma unidade da Carnival Corp, pagar multa de 1 bilhão de euros (1,13 milhão de dólares) para encerrar o caso e promotores aceitarem acordos com cinco outros funcionários.

(Reportagem de Silvia Ognibene e Isla Binnie)

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