Um tribunal italiano condenou a 16 anos de prisão o capitão do navio de cruzeiro Costa Concordia nesta quarta-feira pelo seu papel no naufrágio de 2012 que matou 32 pessoas.
Francesco Schettino estava no comando do navio, um hotel flutuante do tamanho de três campos de futebol, quando chegou perto demais da costa e atingiu rochas ao largo da ilha toscana de Giglio.
Schettino foi acusado de homicídio culposo múltiplo, de causar o naufrágio e abandonar o navio num dos incidentes marítimos de maior destaque nos últimos anos.
No entanto, ainda não se sabe se ele vai realmente ir para a cadeia antes do fim do longo processo de apelação na Itália, o que pode levar anos.
Investigadores criticaram severamente o modo como ele agiu durante o desastre. Ao atingir as rochas, abriu-se um buraco no casco da embarcação, o que levou ao início de uma caótica remoção de mais de 4.000 passageiros e tripulantes durante a noite.
Schettino também é acusado de ter demorado para iniciar a retirada das pessoas e perdido o controle da operação, tendo abandonado o navio antes de todos os passageiros e tripulantes serem resgatados.
Os promotores pediram pena de 26 anos de prisão para Schettino, que admitiu alguma responsabilidade como comandante do navio, mas negou culpa pelas mortes que ocorreram durante a remoção.
Ele foi deixado sozinho no banco dos réus para responder pelo desastre após a Costa Cruzeiros, uma unidade da Carnival Corp, pagar multa de 1 bilhão de euros (1,13 milhão de dólares) para encerrar o caso e promotores aceitarem acordos com cinco outros funcionários.
(Reportagem de Silvia Ognibene e Isla Binnie)