Casal de amantes é preso por matar pacientes na Itália

Os italianos são acusados de matar ao menos 5 pessoas

1 dez 2016 - 15h42
Foto: Reprodução

Um anestesista italiano e sua amante foram presos em Milão na última terça-feira (29) por terem matado voluntariamente ao menos 5 pessoas com abuso de medicamentos em um caso que está chocando a Itália.

Leonardo Cazzaniga, de 60 anos e que se auto-intitulava o "anjo" e o "doutor da morte", é um ex-anestesista do hospital da cidade Saronno, na região da Lombardia, que decidiu "aliviar" a dor de alguns de seus pacientes terminais mais velhos aplicando neles o "protocolo Cazzaniga", ou seja, administrando um mix letal de medicamentos intravenosos formado por remédios como, midazolam, morfina, clorpromazina, promazina e propofol.

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Segundo as investigações preliminares, que duraram dois anos e meio, os assassinatos foram cometidos pelo anestesista e pela sua amante e cúmplice, Laura Toroni, de 40 anos, que também trabalhava no mesmo hospital como enfermeira.

Em quatro dos casos analisados pela polícia, que aconteceram entre fevereiro de 2012 e abril de 2013, a morte dos pacientes foi causada com toda a certeza pela administração do cocktail de medicamentos. Já em outros, o "protocolo" do anestesista também foi percebido, no entanto, mesmo sem ele, os pacientes iriam igualmente morrer.

Além disso, Cazzaniga e sua amante também teriam planejado e executado a morte do marido de Toroni, de 45 anos, fazendo com que ele acreditasse que tinha diabetes e dando um mix de medicamentos para ele, durante um grande período de tempo, que as investigações consideraram "totalmente incompatível" com o verdadeiro estado de saúde do homem.

No entanto, ainda surgem outras informações sobre o caso, como a de que os policiais responsáveis pelas investigações apreenderam mais de 50 registros médicos do hospital para examinações, e de que a enfermeira também administrava uma quantidade muito grande de remédios, até ansiolíticos, em seu filho de apenas 11 anos.

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Nas investigações, descobriu-se que Toroni e Cazzaniga davam para a criança os mesmos medicamentos em comprimidos e em gotas e em dosagens maiores que o necessário já que, segundo o anestesista, o menino já estava "viciado" nos remédios. Em gravações, o garoto até chega a dizer para sua mãe que queria tomar um número de gotas menor por que em determinada manhã não consegui sair "da cama".

As investigações sobre o casal de amantes começaram a partir de uma denúncia de uma profissional de saúde do hospital. Os dois são responsáveis pelos crimes, no entanto, outras 14 pessoas, entre médicos e outros funcionários da clínica, podem ser acusados por omissão de denúncia e favorecimento. 

Fonte: Terra
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