Cerca de 100 mortos no avião da companhia Malaysia Airlines, que caiu no leste da Ucrânia após ser abatido por um míssil, eram delegados que viajavam à Austrália para participar de uma conferência internacional sobre a Aids, indicaram informações não confirmadas nesta sexta-feira.
A imprensa australiana informou que mais de um terço dos quase 300 mortos na queda do avião eram pesquisadores sobre a Aids, funcionários de saúde e ativistas a caminho de Melbourne, onde a conferência será inaugurada no domingo.
Segundo o The Sydney Morning Herald, os participantes de uma pré-conferência em Sydney foram informados que cerca de 100 de seus colegas estavam no avião que foi derrubado, incluindo o ex-presidente da Sociedade Internacional de Aids, Joep Lange. Em Genebra, o encarregado do serviço de comunicação da OMS, Gregory Hartl, anunciou a morte de um dos porta-vozes da organização, Glenn Thomas.
Outro jornal, o The Australian, noticiou que os delegados na 20ª Conferência Internacional sobre Aids teriam sido informados que 108 colegas e familiares tinham morrido no voo MH17.
A Sociedade Internacional de Aids confirmou que "uma grande quantidade de colegas e amigos" morreram, mas não informou quantos.
Família escapa da morte por falta de assento no avião
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Perguntado por jornalistas se cerca de 100 pessoas que participariam da conferência estavam no voo entre Amsterdã e Kuala Lumpur, a presidente da Sociedade Internacional de Aids, Françoise Barre-Sinoussi, disse não ter certeza.
Lange viajava para a conferência mundial sobre a doença, que começa neste fim de semana em Melbourne (Austrália).
"Joep Lange estava no avião, confirmo", declarou à AFP Andrea de Graaf, porta-voz da Fondation PharmAccess, ONG fundada por ele para facilitar o acesso de doentes ou soropositivos à triterapia.
"É uma perda imensa e estamos muito abalados", afirmou o diretor-executivo da ONG, Onno Schellekens, citado em um comunicado. "Sua dedicação ao tratamento do vírus HIV e à saúde em geral foi revolucionária".
Lange, de 59 anos, tinha cinco filhos e viajava com a esposa. Ele se dirigia à conferência mundial sobre a Aids que começa neste fim de semana em Melbourne, Austrália.
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"O que ocorreu é terrível", afirmou à AFP Jaap Goudsmit, outro especialista em Aids e amigo de Lange.
"É uma grande perda para o mundo da luta contra a Aids, uma grande perda para a Holanda e uma grande perda para mim", acrescentou, com a voz entrecortada pela emoção.
Nascido em 1954, Joep Lange trabalhou desde 1983 no centro médico universitário de Amsterdã e, posteriormente, se tornou uma das referências mundiais na luta contra o vírus.
Ele presidiu entre 2002 e 2004 a Sociedade Internacional sobre a Aids, que organiza a conferência de Melbourne.
Ele foi jornalista da BBC e era um apaixonado por questões de "saúde pública", acrescentou.
Os organizadores da conferência em Melbourne informaram que o evento vai ser mantido.
"A decisão é de prosseguir. Pensamos neles porque sabemos que é realmente o que gostariam que nós fizéssemos", disse Barre-Sinoussi.
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Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu com 295 pessoas à bordo próximo ao vilarejo de Grabovo, na região de Donetsk, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev
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Destroços caíram na Ucrânia nesta quinta-feira
Foto: Maxim Zmeyev
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Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia informou que a aeronave foi derrubada por um míssil disparado por separatistas
Foto: Maxim Zmeyev
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Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos foram encontrados
Foto: Maxim Zmeyev
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A polícia e os bombeiros estão no local para atender a ocorrência
Foto: Maxim Zmeyev
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Em comunicado oficial, a Boeing se colocou à disposição das autoridades na investigação do acidente
Foto: Dominique Faget
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Destroços do avião estão espalhados pelo vilarejo de Grabovo
Foto: Dominique Faget
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Entre os mortos haveria 23 cidadãos americanos, mas ainda não há informação sobre as demais nacionalidades
Foto: Maxim Zmeyev
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Em 8 de março deste ano, um outro avião da Malaysia Airlines que decolou de Kuala Lampur em direção à Pequim, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares
Foto: Dmitry Lovetsky
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Um dos focos de fogo do avião da Malaysia Airliness que caiu nesta quinta
Foto: Dmitry Lovetsky
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Seguranças do Aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia procuravam informações do voo que vinha de Amesterdã
Foto: Vincent Thian
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A entrada da Malaysia Airlines está fechada no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur
Foto: Olivia Harris
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Após o acidente, o posto de atendimento da Malaysia Airliness fechou em Amesterdã, na Holanda
Foto: Olaf Kraav
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O presidente da Ucrânia,Petro Poroshenko afirmou ter convicção de que se trata de um "ato terrorista"
Foto: Mykola Lazarenko
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Este é o segundo avião da empresa que desaparece dos radares nos últimos meses
Foto: Tomas Manan Vatsyayana
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Avião da Malaysia desaparece na Ucrânia perto da Rússia
Foto: Tomas Bartkowiak
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Em imagem, avião da Malaysia Airlines é fotografado enquanto levanta voo
Foto: FRED NEELEMAN
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Separatista é visto sobre destroços do avião, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev
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Mulher põe flores na entrada do aeroporto de Schipol, em Amsterdã, um dia após a tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Dominique Faget /AFP
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Homem usa celular para registrar os destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia após ser atingido por um míssil
Foto: Dominique Faget /AFP
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Um funcionário do resgate demarca locais em que corpos das vítimas foram encontrados na área em que o avião da Malaysia caiu
Foto: Dominique Faget /AFP
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Soldado pró-Rússia encontra um brinquedo entre os destroços do avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
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Soldados pró-Rússia resguardam a área em que caiu o avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
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Um representante da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa acompanha os trabalhos de resgate perto de destroços do avião da Malaysia que caiu na Ucrânia
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
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Separatistas pró-Rússia reúnem pertences de passageiros do avião que caiu na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
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Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
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Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em pronunciamento sobre o desastre do avião da Malaysia; Obama disse que o míssil partiu de um território controlado por separatistas pró-Rússia
Foto: Larry Downing/Reuters
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